Por Steve Holland e Emily Stephenson
(Reuters) - O governador republicano de Wisconsin, Scott Walker, se retirou abruptamente nesta segunda-feira da disputa para se tornar o candidato do partido na eleição presidencial dos Estados Unidos no ano que vem, após um colapso que o levou de sério concorrente a um candidato com dificuldades de arrecadar dinheiro e levantar seu nome.
Ao ler um comunicado em Madison, capital de Wisconsin, Walker criticou o tom negativo que tem dominado a campanha pela indicação republicana, em declarações que aparentemente tiveram como alvo o líder na disputa entre os republicanos, o bilionário de Nova York Donald Trump.
Ele defendeu que alguns de seus rivais também deixem a disputa, dando aos eleitores a chance de se mobilizarem em torno de um nome forte que possa vencer a eleição em novembro de 2016.
Walker recorreu ao já falecido ex-presidente dos EUA Ronald Reagan, também um republicano, ao afirmar que ele deveria ser um exemplo para o partido porque "era um otimista".
"Lamentavelmente o debate que acontece hoje no Partido Republicano não está focado naquela visão otimista para a América. Em vez disso, se transformou em ataques pessoais", disse.
"No fim das contas, acho que os eleitores querem estar a favor de algo, e não contra algo. Em vez de falarmos sobre quão ruins as coisas estão, queremos ouvir como eles podem torná-las melhor para todos. Precisamos voltar para o básico do nosso partido", defendeu Walker, que teve uma queda dramática depois de mobilizar os conservadores ao promover seu histórico em Wisconsin de derrotar sindicatos de servidores públicos e sobreviver a uma eleição que visava revogar seu mandato.
(Reportagem adicional de Ginger Gibson e Erin McPike)