Por David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O republicano mais graduado da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos criticou o presidente Joe Biden nesta sexta-feira devido às mortes de 13 soldados norte-americanos no Afeganistão, mas não chegou a engrossar o coro de outros republicanos que pedem que o democrata renuncie ou enfrente um impeachment.
Ao invés disso, o líder da Minoria na Câmara, Kevin McCarthy, pediu à presidente da Casa, a democrata Nancy Pelosi, que convocasse os parlamentares atualmente em recesso para analisar uma legislação que ele disse que evitaria uma retirada dos EUA do Afeganistão até todos os norte-americanos terem saído daquele país.
"Esta não é a liderança comprovada que o presidente prometeu. É um retrato de fraqueza e incompetência", disse McCarthy em uma coletiva de imprensa.
"Para ser comandante-chefe, é preciso ter a fé, a confiança e a estima do público americano. O presidente Biden perdeu todas as três ontem", acrescentou.
McCarthy falou um dia depois de um ataque do Estado Islâmico que matou ao menos 92 pessoas, incluindo 13 soldados dos EUA, diante do aeroporto de Cabul.
EUA e forças aliadas estão tentando retirar seus cidadãos e afegãos vulneráveis e partir do Afeganistão até o prazo de 31 de agosto estabelecido por Biden.
O gabinete de Pelosi não quis comentar o pedido de McCarthy, mas na quinta-feira um assessor destacado tuitou que "o líder da Minoria quer desfinanciar a missão e atar as mãos do comandante-chefe no meio dos dias mais perigosos da operação".