PARIS (Reuters) - Estados membros da Unesco renovaram uma resolução criticando Israel por restringir acesso de muçulmanos a um local sagrado em Jerusalém, disse uma fonte diplomática europeia, irritando o governo de Israel ao também se referir à área somente por seus nomes muçulmanos.
O local, reverenciado por judeus e muçulmanos, é conhecido por judeus como Monte do Templo e por muçulmanos como al-Aqsa our Haram al-Sharif.
Mas um esboço da mais recente versão da resolução, postada no site da Unesco com a data de 12 de outubro, mostrou o local repetidamente descrito somente pelos nomes muçulmanos, algo que Israel diz fortalecer uma negação à história judaica.
"O teatro de absurdos na Unesco continua e hoje a organização adotou outra decisão delirante, que diz que o povo de Israel não possui conexão com o Monte do Templo e o Muro das Lamentações", disse em Jerusalém o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após a decisão.
A resolução, que é renovada periodicamente, condena Israel por restringir acesso de muçulmanos ao local e por agressão de policiais e soldados.
"Esta é uma mensagem importante para Israel, que deve encerrar sua ocupação e reconhecer o Estado Palestino e Jerusalém como sua capital com seus locais sagrados muçulmanos e cristãos", disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
(Reportagem de John Irish e Ori Lewis, em Jerusalé; Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi)