RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Rio de Janeiro deve receber até 350 mil turistas estrangeiros nos Jogos Olímpicos de 2016 e o governo estuda facilitar a entrada no país com a criação do chamado "passaporte olímpico" para incentivar a vinda de torcedores de outras nações, disse o ministro do Turismo, Vinicius Lages, nesta terça-feira.
Inicialmente, a ideia do governo é aumentar a exposição do país no cenário mundial com a realização da Olimpíada e elevar o ingresso de turistas estrangeiros em meio milhão em 2016, passando dos atuais 6 milhões para 6,5 milhões de visitantes de fora por ano.
"O Brasil já recebe cerca de 6 milhões de turistas estrangeiros por ano. Acreditamos que com o esforço dos Jogos Olímpicos e o esforço promocional antecipando o ano olímpico do turismo, esperamos trazer muito mais", disse Lages a jornalistas, ao frisar que a promoção do turismo brasileiro mundial vai incluir também um propaganda maior da gastronomia nacional.
No ano passado, o Brasil recebeu mais de 1 milhão de turistas estrangeiros para a Copa do Mundo, realizada em 12 cidades, enquanto a Olimpíada será concentrada apenas no Rio.
O ministro revelou que já iniciou conversas e negociações com o Ministério das Relações Exteriores para facilitar a entrada dos estrangeiros no país no período olímpico.
As medidas práticas e operacionais para facilitar esse ingresso ainda não foram definidas, mas Lages se mostrou otimista com o chamado "passaporte olímpico".
"Tratamos do evento como grande oportunidade para o país e para mostrar como o Brasil é fácil de se viajar. Precisamos nos posicionar nesse sentido de facilidade, e isso faz parte da competitividade internacional no setor", afirmou.
Lajes aproveitou para minimizar um eventual impacto negativo sobre o turismo devido aos recentes casos de violência no Rio de Janeiro, que teve mais de 30 casos de balas perdidas em janeiro.
"Temos violência no mundo todo, isso não afasta o turista. A França é um dos países que mais recebe no mundo e teve seus casos de violência, e nem por isso o turismo diminuiu", disse.
"Segurança nunca aparece nas nossas pesquisas como problema, e o Rio de Janeiro e o Estado estão preparados e haverá, assim como para Copa, uma preparação especial".
(Por Rodrigo Viga Gaier)