WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e outros sete países acusaram a Rússia nesta quarta-feira de ter explorado sua posição de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU ao adquirir mísseis norte-coreanos e lançá-los contra a Ucrânia, violando resoluções do órgão.
“Um membro permanente do Conselho de Segurança que voluntariamente participa dessas violações demonstra uma clara exploração da sua posição”, afirma o comunicado assinado por Reino Unido, França e Estados Unidos, membros permanentes do Conselho, Malta, Eslovênia e Coreia do Sul, membros não-permanentes, além de Japão e Ucrânia.
A Casa Branca afirmou semana passada que a Rússia recentemente usou mísseis balísticos de curto alcance trazidos da Coreia do Norte para conduzir múltiplos ataques contra a Ucrânia, citando novas informações de inteligência que não são mais secretas. Tanto Moscou quanto Pyongyang negaram terem conduzido qualquer negócio de armas, mas haviam prometido aprofundar relações militares ano passado.
A Rússia recentemente lançou alguns dos seus ataques mais intensos contra a Ucrânia desde que a invadiu quase dois anos atrás.
“É abominável que um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU esteja flagrantemente violando as resoluções do Conselho para atacar outro membro da ONU, violações que prolongam o sofrimento do povo ucraniano, apoiam a brutal guerra da Rússia e minam o regime global de não proliferação”, disse o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, ao órgão.
(Por Jonathan Landay e Arshad Mohammed)