Por Anastasia Teterevleva e Anna Ringstrom
MOSCOU/ESTOCOLMO (Reuters) - A Rússia disse nesta segunda-feira que não detectou sinais de emergência por radiação, depois que um organismo internacional informou na semana passada que sensores em Estocolmo captaram pequenas quantidades de isótopos radioativos incomuns produzidos por fissão nuclear.
A Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês), que monitora o mundo em busca de provas de armas nucleares, disse na semana passada que uma de suas estações que examinava o ar em busca de partículas radioativas encontrou níveis incomuns, embora inofensivos, de césio-134, césio-137 e rutênio-103.
Os isótopos são "certamente produtos de fissão nuclear, provavelmente de fonte civil", afirmou o documento. O site publicou no Twitter um mapa mostrando onde o material provavelmente se originou, incluindo vários países bálticos e escandinavos, bem como uma parte do oeste da Rússia.
Questionado nesta segunda-feira sobre relatos de que a Rússia pode ter sido a fonte de um vazamento, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Temos um sistema de monitoramento de segurança de níveis de radiação absolutamente avançado e não houve alarmes de emergência".
"Não sabemos a fonte dessa informação."
A Agência Internacional de Energia Atômica perguntou aos países se eles detectaram os isótopos e se algum evento poderia estar associado a isso.
A autoridade finlandesa de segurança nuclear STUK disse nesta segunda-feira que também encontrou pequenas quantidades de partículas nucleares em amostras coletadas na costa sul. Mas as concentrações eram pequenas o suficiente para poderem ser "derivadas da operação ou manutenção normal de reatores nucleares", afirmou o documento.
(Reportagem de Anastasia Teterevleva, Francois Murphy, Anna Ringstrom e Tarmo Virki)