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Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - O senador colombiano Miguel Uribe, que pretendia ganhar a indicação de seu partido para a eleição presidencial de 2026, morreu em decorrência dos ferimentos de bala que recebeu na cabeça em um atentado há mais de dois meses, informou sua esposa María Claudia Tarazona nesta segunda-feira.
Uribe, de 39 anos e membro do partido oposicionista Centro Democrático, permanecia em estado crítico em uma clínica após ser atacado por um adolescente de 15 anos que atirou nele com uma pistola durante um evento político em um bairro de classe média no oeste de Bogotá em 7 de junho.
"Peço a Deus que me mostre o caminho para aprender a viver sem você. Nosso amor transcende este plano físico. Espere por mim, quando eu cumprir minha promessa com nossos filhos, eu irei encontrá-lo e teremos nossa segunda chance. Descanse em paz, amor da minha vida, eu cuidarei de nossos filhos", disse a esposa em sua conta no Instagram.
O político recebeu dois impactos de bala na cabeça e um na perna esquerda, revelou anteriormente a Procuradoria Geral, que está conduzindo uma investigação para identificar e capturar os autores materiais e intelectuais do assassinato.
O ataque, registrado em dezenas de vídeos divulgados nas redes sociais, chocou o país, provocou condenações em nível nacional e internacional e relembrou a época de violência que a Colômbia sofreu há mais de três décadas, quando quatro candidatos presidenciais foram assassinados em ataques separados atribuídos a traficantes de drogas aliados a esquadrões paramilitares.
Uribe era um forte crítico da política de paz do presidente de esquerda Gustavo Petro e promovia a livre iniciativa, bem como a restauração da segurança por meio da repressão ao tráfico drogas e aos grupos armados ilegais.
As autoridades que investigam o atentado ainda não estabeleceram as causas do ataque nem quem o ordenou.
No entanto, o governo de Petro insinuou, sem fornecer provas, que a "máfia" poderia estar envolvida e também sugeriu a possível responsabilidade no atentado de uma facção dissidente da antiga guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitou um acordo de paz de 2016.
Mas a facção das Farc, que enfrenta outros grupos armados ilegais e as Forças Militares em meio ao conflito armado de seis décadas que já deixou mais de 450.000 mortos, negou sua responsabilidade no atentado.
A procuradora-geral, Luz Adriana Camargo, reconheceu que diferentes teorias sobre o atentado estão sendo analisadas, incluindo a intenção de desestabilizar o governo.
A campanha para as eleições presidenciais de 2026 está apenas começando e Uribe estava tentando ganhar a candidatura do Centro Democrático, de direita.