Por Ben Makori
NAIRÓBI (Reuters) - O shopping center Westgate, no Quênia, reabriu neste sábado, quase dois anos depois que homens armados do grupo militante somali Al Shabaab invadiram o local e mataram ao menos 67 pessoas, em seguida se escondendo por quatro dias até serem neutralizados pela polícia.
Tido antes como marco da crescente prosperidade do Quênia, o edifício do Westgate desde então se tornou um símbolo da insegurança cada vez maior no país do leste africano, assim como da inabilidade do presidente Uhuru Kanyatta em prevenir os frequentes ataques islamistas em território queniano.
Imagens do ataque foram transmitidas por todo o mundo em setembro de 2013, maculando a imagem do Quênia e afastando os turistas, uma fonte vital de recursos para a economia. O constrangimento se tornou ainda maior quando câmeras de segurança do Westgate flagraram soldados pilhando o shopping center após a morte dos militantes.
O governador de Nairóbi, Evans Kidero, disse que a reabertura do centro comercial é uma demonstração da resiliência do povo queniano. "Sei que vai haver apreensão, mas como país estamos mais seguros do que nunca, e vamos continuar a trabalhar para garantir que nosso país esteja a salvo."
Milhares de pessoas compareceram à reinauguração do Westgate na manhã deste sábado, e as lojas e restaurantes do local ficaram lotados.