WASHINGTON (Reuters) - Um importante sindicato e grupos de direitos humanos ampliaram nesta quarta-feira a pressão pública sobre a Fifa, atualmente assolada por um escândalo de corrupção, ao defender a reforma e a limpeza da entidade por meio de um processo independente.
A Transparência Internacional, a Avaaz e a Confederação Sindical Internacional disseram que estavam se juntando à campanha de reforma chamada "#NewFIFANow" (nova Fifa agora), pressionando por uma rápida "reforma independente da Fifa liderada por uma pessoa célebre".
A federação sindical dos Estados Unidos AFL-CIO também enviou cartas nesta quarta-feira a três grandes patrocinadores da Fifa, Coca-Cola, Visa e McDonalds, pedindo-lhes para apoiar o pedido de reforma.
"Como importantes patrocinadores, nós pedimos que vocês convoquem uma comissão de reforma independente da Fifa para restaurar a transparência e integridade do futebol internacional, e garantir que os grandes eventos esportivos mantenham os mais altos padrões possíveis de direitos humanos", disse a diretora internacional da AFL-CIO, Cathy Feingold, nas cartas aos presidentes das três empresas norte-americanas.
Os grupos de direitos humanos disseram que também apoiam a criação de tal comissão, cuja tarefa, segundo eles, incluiria a revisão da governança da Fifa e a realização de novas eleições.
"Tem que haver uma comissão de reforma independente e a Fifa tem de mudar. Sem mais falsas partidas, sem mais escândalos, sem operações de madrugada", disse o diretor da Transparência Internacional Cobus de Swardt, referindo-se à prisão de sete dirigentes da Fifa em uma operação realizada bem cedo em um hotel de Zurique no fim de maio.
A promotoria dos EUA indiciou nove dirigentes de futebol e cinco executivos de marketing em uma série de crimes relacionados com suborno.
(Reportagem de Mark Hosenball) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150715T210640+0000