MILÃO (Reuters) - A difícil situação financeira do clube italiano Parma é intolerável e está produzindo o tipo de condição que pode levar a manipulação de resultados, disse o chefe do sindicato dos jogadores italianos (AIC) nesta quarta-feira.
O atacante Antonio Cassano deixou o clube na semana passada, dizendo que não recebe pagamento há meses, e outros jogadores se queixaram de que seus salários estão atrasados.
"É intolerável na Série A hoje", afirmou Damiano Tommasi a repórteres. "Com os contratos de televisão que temos, o planejamento deve ser feito ao longo de vários anos. Estamos seriamente preocupados", disse Tommasi, ex-meia da Roma e da seleção italiana, acrescentando que as regras precisam ser rígidas.
"Uma equipe de Série A não deve ser autorizada a pular um mês. Precisamos ser mais restritivos", completou.
O Parma está em último lugar no Campeonato Italiano, com nove pontos e já teve um ponto deduzido por violação dos regulamentos financeiros.
Em dezembro, o clube foi vendido ao conglomerado baseado no Chipre Dastraso Holding, mas pouco se sabe sobre os novos proprietários, que nomearam Ermir Kodra, um albanês de 29 anos, como presidente.
"Ir para o campo em uma situação de emergência e com problemas financeiros, como o Parma, há o risco de retorno a esses infelizes acontecimentos... ligados a resultados incorretos", declarou Tommasi.
(Reportagem de Brian Homewood em Berna) 2015-02-04T213840Z_1006920001_LYNXMPEB1310M_RTROPTP_1_ESPORTES-FUT-PARMA-CRISE.JPG