Por Julie Steenhuysen
CHICAGO (Reuters) - Autoridades de saúde dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que há no momento 530 casos confirmados e prováveis e sete mortes causadas por doenças pulmonares graves relacionadas a cigarros eletrônicos e que não há indicativos de que o surto esteja melhorando.
Os números apontam um aumento de 380 casos em relação aos registros da semana passada. Do total de pessoas afetadas, três quartos são homens e dois terços tem entre 18 e 34 anos.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, investiga mais de 150 produtos e informou que acionou seu setor de investigações criminais para explorar a cadeia de fornecimento de cigarros eletrônicos, além de identificar a causa do surto. Nenhum usuário será alvo individual de investigação, disse o diretor do Centro de Produtos de Tabaco da FDA, Mitch Zeller.
Zeller afirmou que nenhuma substância ou componente específico, como THC ou acetato de vitamina E, foi correlacionada a todos os casos até o momento.
Sete pessoas morreram de doenças relacionadas a cigarros eletrônicos, informou o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC). As mortes ocorreram na Califórnia, em Illinois, em Indiana, no Kansas, em Minnesota e em Oregon.
"Nós esperamos outras (mortes)", disse a médica Anne Schuchat, vice-diretora do CDC, a repórteres.
Schuchat aconselhou que as pessoas parem de consumir cigarros eletrônicos se puderem. Quem não o fizer deve monitorar seu organismo com atenção a sintomas como problemas respiratórios, tosse seca e dor no peito, e, em alguns casos, diarreia, vômito e febre, além de buscar ajuda médica.
A vice-diretora também pediu que as pessoas que trocam os cigarros por vaporizadores à base de nicotina não retornem ao antigo hábito, mas busquem tratamentos ou produtos aprovados pela FDA que ajudem a combater o vício.