CARTUM/JUBA (Reuters) - O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, ordenou a abertura das fronteiras de seu país com o Sudão do Sul pela primeira vez desde a separação dos Sul em 2011, abrindo caminho para uma melhor relação econômica entre os dois países.
A fronteira estava fechada desde 2011, quando as relações se deterioraram após o Sul se separar em seguida a uma longa guerra civil. O Sudão do Sul ficou com 75 por cento da indústria do petróleo, cujas reservas comprovadas são estimadas em 5 bilhões de barris, de acordo com uma agência de energia dos EUA.
"O presidente Omar al-Bashir emitiu hoje um decreto ordenando a abertura das fronteiras com o Estado do Sudão do Sul, e ordenou que as autoridades responsáveis tomem todas as medidas exigidas para implementar a decisão em campo", informou a agência de notícias estatal Suna, na quarta-feira.
Michael Makuei Lueth, porta-voz do governo do Sudão do Sul, disse que a reabertura da fronteira vai impulsionar os laços comerciais. "Esse é um passo positivo na direção certa, porque é o que vai levar à normalização de nossas relações com o Sudão", disse ele à Reuters.
Cartum acusa Juba, capital do Sudão do Sul, de apoiar uma rebelião na região de Darfur, assim como diferentes mas relacionadas insurgências nas regiões do Nilo Azul e de Kordofan do Sul. O Sudão do Sul nega as acusações.