ESTOCOLMO (Reuters) - O governo da Suécia anunciou nesta quinta-feira que decidiu extraditar para a Turquia um homem procurado por fraude, o primeiro caso desde que a Turquia exigiu a extradição de várias pessoas em troca de permitir que Estocolmo se candidatasse formalmente à Otan.
A Turquia, membro da Otan, suspendeu seu veto sobre a adesão de Finlândia e Suécia na aliança ocidental em junho, após semanas de negociações tensas, nas quais Ancara acusou os dois países nórdicos de abrigar o que a Turquia diz serem militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Como parte do acordo, a Turquia apresentou uma lista de pessoas que deseja que a Suécia extradite, mas desde então expressou frustração com a falta de progresso.
O homem, na casa dos 30 anos, seria o primeiro caso conhecido de extradição para a Turquia desde que o acordo foi fechado.
"Este é um assunto de rotina normal. A pessoa em questão é um cidadão turco e condenado por crimes de fraude na Turquia em 2013 e 2016", disse o ministro da Justiça, Morgan Johansson, à Reuters em uma mensagem de texto.
"A Suprema Corte examinou a questão como de costume e concluiu que não há obstáculos à extradição", afirmou ele.
Um porta-voz do Ministério da Justiça se recusou a dizer se o homem estava na lista turca ou a fazer mais comentários sobre o assunto.
(Reportagem de Johan Ahlander)