Por Brendan O'Brien
(Reuters) - Um homem de Illinois acusado de atirar contra uma multidão que assistia ao desfile do Dia da Independência na região de Chicago foi indiciado por um grande júri em 117 acusações, incluindo 21 de homicídio em primeiro grau, disse nesta quarta-feira o gabinete do Procurador do Estado responsável pelo caso.
O suspeito, Robert Crimo, de 21 anos, está preso sem direito a fiança desde que foi detido após o massacre durante as comemorações de 4 de Julho em Highland Park que deixou sete pessoas mortas e mais de três dúzias feridas. Ele deve ir ao tribunal em 3 de agosto para a formalização das acusações, disse o Gabinete do Procurador-Geral do Condado de Lake em um comunicado nesta quarta-feira.
De acordo com o sistema legal dos EUA, um promotor pode convocar um painel de cidadãos, ou grande júri, que tem o poder de decidir se há evidências suficientes para levar um réu a julgamento.
Se for condenado pelas acusações de homicídio, ele estará sujeito a uma sentença compulsória de prisão perpétua, sem a possibilidade de liberdade condicional, disse o procurador-geral do Condado de Lake, um dia depois do massacre.
O massacre fez parte de um recente surto de tiroteios em massa que renovou o debate sobre violência de armas nos Estados Unidos. Aconteceu depois do ataque em Uvalde, Texas, que matou 19 crianças e dois professores, e outro em um supermercado predominantemente negro em Buffalo, Nova York, que deixou 10 pessoas mortas.
Em Highland Park, os promotores dizem que Crimo havia planejado o ataque durante semanas antes de subir em um terraço e atirar mais de 70 balas contra o público do desfile. Ele tentou fugir vestido com roupas femininas e maquiagem para cobrir suas tatuagens faciais, disseram.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago; reportagem adicional de Kanishka Singh e Randi Love)