WASHINGTON/TAIPÉ (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que os Estados Unidos garantiram nesta quarta-feira que sua abordagem para a ilha não mudou, um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, dizer que ele e o presidente da China, Xi Jinping, concordaram em respeitar o "acordo de Taiwan".
A chancelaria disse que buscou esclarecimentos dos EUA a respeito dos comentários de Biden e que foi assegurada de que o compromisso dos EUA com Taiwan é "sólido como uma rocha" e que Washington continuará a ajudá-la a manter suas defesas.
"Enfrentando as ameaças militares, diplomáticas e econômicas do governo chinês, Taiwan e os Estados Unidos sempre mantiveram canais de comunicação próximos e fluidos", disse a chancelaria.
Em seus comentários na noite de terça-feira, Biden pareceu se referir a um telefonema de 90 minutos com Xi no dia 9 de setembro, e à diretriz de longa data de Washington de reconhecer Pequim, ao invés de Taipé, assim como a Lei de Relações com Taiwan.
"Conversei com Xi sobre Taiwan. Concordamos... que respeitaremos o acordo de Taiwan", disse Biden aos repórteres. "Deixamos claro que não acho que ele deveria estar fazendo nada além de respeitar o acordo."
Os comentários levaram autoridades taiwanesas a buscar explicações sobre qual sinal o norte-americano estava enviando em um momento de tensões elevadas entre Taipé e Pequim. Uma autoridade de Taiwan enviou uma mensagem a um repórter da Reuters para perguntar o que Biden quis dizer.
O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, foi indagado por repórteres no Parlamento se tinha mais alguma informação sobre a colocação de Biden e disse que "não sabia" a seu respeito.
(Por Ben Blanchard em Taipé e Jeff Mason em Washington)