Por Yimou Lee e Ben Blanchard
TAIPÉ (Reuters) - Taiwan precisa estar alerta às ações militares "excessivas" da China, disse o primeiro-ministro da ilha nesta terça-feira, depois que um recorde de 56 aeronaves chinesas entraram na zona de defesa aérea taiwanesa, e a presidente de Taiwan disse que a ilha fará o que precisar para se defender.
Taiwan relatou 148 aviões da Força Aérea chinesa nas partes sul e sudoeste de sua zona de defesa aérea ao longo de um período de quatro dias iniciado na sexta-feira, mesmo dia em que a China comemorou seu feriado nacional.
A China reivindica Taiwan como parte de seu território, que deve ser tomado à força, se necessário. Taiwan diz que é um país independente e que defenderá suas liberdades e democracia, culpando Pequim pelas tensões.
Essas tensões estão sendo vistas com preocupação crescente pela comunidade internacional. Japão e Austrália pediram nesta terça-feira que os dois lados conversem, enquanto os Estados Unidos disseram estar "enviando mensagens claras" depois do que descreveram como atividades desestabilizadoras da China.
Taiwan classifica as atividades militares próximas e recorrentes da China como uma guerra de "zona cinzenta", concebida tanto para desgastar suas forças ao obrigar sua mobilização frequente quanto para testar suas reações.
"Taiwan precisa estar alerta. A China está cada vez mais excessiva", disse o premiê Su Tseng-chang aos repórteres em Taipé. "O mundo também vê as violações recorrentes da China contra a paz regional e a pressão sobre Taiwan."
(Reportagem adicional de Sakura Murakami em Tóquio, Colin Packham em Canberra e Ryan Woo em Pequim)