WASHINGTON (Reuters) - A recente ofensiva política do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, causa preocupação e continua incerta, mas não parece chegar a prisões em massa, disse o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, a repórteres nesta sexta-feira.
Separadamente, Tillerson disse que não há qualquer indício de que o ex-primeiro-ministro do Líbano Saad al-Hariri esteja sendo mantido contra sua vontade na Arábia Saudita, mas que os Estados Unidos estão monitorando a situação, de acordo com relatos sobre seu pronunciamento.
Tillerson, que está acompanhando o presidente Donald Trump em sua viagem à Ásia, fez os comentários após encontrar com seu homólogo saudita nesta semana.
O futuro rei da Arábia Saudita, Salman, tem se agarrado ao poder através de uma ofensiva anticorrupção prendendo membros da família real, ministros e investidores, incluindo o bilionário Alwaleed bin Talal, um dos empresários mais proeminentes do reino. Ele estava entre 11 príncipes, quatro ministros e dezenas de ex-ministros que foram detidos.
Perguntado sobre a ofensiva saudita, Tillerson disse que falou na quarta-feira com o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, sobre a situação e que a recente repressão ainda não levou a prisões formais.
"Com base nessa conversa, é bem intencionada. O quão disruptiva será ainda é algo a ser visto", disse Tillerson, acrescentando que a situação está "ainda um pouco incerta".