CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio confirmou neste sábado a sentença de prisão perpétua contra Mohamed Badie, líder da Irmandade Muçulmana, devido à violência de 2013, disseram fontes judiciais.
O tribunal, principal corte do Egito, rejeitou um recurso de Badie e outros contra veredictos proferidos contra eles em maio do ano passado, no caso conhecido na mídia local como "o julgamento da Sala de Operações Rabaa".
O caso se refere a um protesto em Rabaa para apoiar o presidente deposto Mohamed Mursi, que veio da Irmandade Muçulmana. O protesto, que começou após o exército derrubar Mursi após protestos em massa contra seu governo, foi dispersado à força pelas forças de segurança, deixando centenas de mortos.
Badie e outros dois foram condenados à prisão perpétua no caso, 15 outros foram condenados a cinco anos, enquanto 21 pessoas foram absolvidas, disseram fontes.
Os réus foram acusados de liderar uma organização fundada ilegalmente, planejando o caos e publicar notícias falsas, entre outros crimes.
As autoridades proibiram a Irmandade após a expulsão de Mursi e prenderam milhares de seus partidários. Eles também dissolveram o Partido da Liberdade e Justiça, que Mursi liderou.
As decisões tomadas pelo tribunal de cassação são definitivas e não podem ser objeto de recurso.
(Reportagem de Haitham Ahmed e Mahmoud Mourad)