MOGADÍSCIO (Reuters) - Tropas da Somália mataram a tiros três militantes islâmicos que estavam em um prédio no centro de Mogadíscio nesta sexta-feira, disse a polícia, encerrando um ataque com bombas e tiros que deixou ao menos 29 civis mortos.
Combatentes islâmicos do grupo Al Shabaab deram início ao ataque com um carro-bomba do lado de fora do hotel Maka Al-Mukarama na noite de quinta-feira, destruindo outras estruturas, provocando um grande incêndio e deixando feridos nos escombros.
Os militantes --que lutam para derrubar o governo da Somália, apoiado pelo Ocidente-- fugiram para um prédio próximo e abriram fogo contra forças especiais e outros soldados enviados ao local ao longo desta sexta-feira.
“A operação acabou e o prédio agora está controlado pelas forças de segurança. Os três militantes foram mortos a tiros, seus corpos estão dentro do prédio”, disse à Reuters o policial Osman Mohamed.
Esse foi a ação mais longa em que os militantes mantiveram uma posição em Mogadíscio desde que tropas da Somália apoiadas por forças de paz da União Africana os expulsaram da cidade em 2011.
O porta-voz de operações militares do Al Shabaab, Abdiasis Abu Musab, disse à Reuters nesta sexta-feira que a operação dos militantes foi um sucesso.
“Nossa operação especial em Mogadíscio foi concluída com sucesso após quase 24 horas. Ela visou um hotel frequentado por integrantes do governo apóstata. Dezenas deles foram eliminados, mais feridos”, disse.
O ataque ao hotel ocorreu no mesmo dia em que forças norte-americanas informaram que realizaram um ataque aéreo que matou 26 militantes na região de Hiran, ao norte da capital --parte de uma escalada da luta de Washington contra o grupo ligado à Al Qaeda.
(Por Abdi Sheikh e Feisal Omar)