WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que o Irã irá enfrentar “novas e sérias consequências” a não ser que todos os cidadãos norte-americanos detidos injustamente sejam libertados e devolvidos, informou nesta sexta-feira a Casa Branca em comunicado.
Trump exigiu que o Irã devolva Robert Levinson, ex-autoridade de segurança dos EUA que desapareceu há mais de 10 anos no Irã, e que Teerã liberte o empresário Siamak Namazi e seu pai, Baquer.
O comunicado completa uma semana de retóricas contra o Irã. Na terça-feira, Washington impôs novas sanções econômicas contra o Irã por conta de seu programa de mísseis balísticos e disse que as “atividades malignas” de Teerã no Oriente Médio rebaixam quaisquer “contribuições positivas” vindas do acordo nuclear de 2015.
Estas medidas assinalaram que o governo Trump busca colocar mais pressão sobre o Irã, embora mantenha em vigor um acordo entre Teerã e seis potências mundiais para conter seu programa nuclear em troca de levantar sanções internacionais financeiras e sobre o petróleo.
O comunicado desta sexta-feira informou que Trump e seu governo estavam “redobrando esforços” para trazer de volta todos os norte-americanos detidos injustamente no exterior.
Um tribunal iraniano sentenciou Siamak Namazi, de 46 anos, e seu pai, Baquer Namazi, de 80, a 10 anos de prisão cada por acusações de espionagem e cooperação com os Estados Unidos.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã deteve Siamak em outubro de 2015, quando ele visitava familiares em Teerã, disseram parentes.
A guarda prendeu o pai, um ex-governador provincial do Irã e ex-autoridade do Unicef, em fevereiro do ano passado, segundo membros da família.
Levinson, ex-agente do FBI e do DEA, desapareceu no Irã em 2007 e o governo dos EUA estabeleceu uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que levem ao retorno seguro dele.