Por Steve Holland
WEST PALM BEACH, Flórida (Reuters) - O presidente Donald Trump tem dito a assessores que deseja uma saída antecipada das tropas dos Estados Unidos da Síria, duas fontes do governo disseram nesta sexta-feira, uma postura que pode colocá-lo em desacordo com muitas autoridades dos EUA.
Trump está passando o feriado da Páscoa em sua propriedade em Palm Beach, Florida. Em um discurso em Ohio na véspera, ele revelou seu desejo de retirar as forças dos EUA da Síria e mudar o foco de segurança para países regionais.
Ele disse que se baseou em vitórias de aliados contra militantes do Estado Islâmico, "estaremos saindo da Síria, tipo, muito em breve".
"Deixa que outras pessoas cuidem disso agora. Muito, muito em breve, estaremos saindo", disse Trump. "Nós vamos voltar ao nosso país, aonde pertencemos, onde queremos estar."
Fontes do governo, falando à Reuters sob condição de anonimato, disseram que os comentários de Trump durante o discurso refletem deliberações internas com assessores, nas quais ele pensou alto sobre por que forças dos EUA deveriam permanecer com militares em seus calcanhares.
Trump deixou claro que "uma vez que o EI e seus restos são destruídos que os Estados Unidos esperaria ter países da região desempenhando um papel maior em assegurar a segurança e deixar isso dessa forma", disse uma fonte.
Uma política como essa não está próxima de completa, entretanto, acrescentou a fonte.
A segunda fonte disse que os assessores de segurança nacional de Trump disseram a ele que as forças dos EUA deveriam ficar em números menores por pelo menos alguns anos, para garantir que os ganhos contra os militantes sejam preservados e assegurar que a Síria não se torne essencialmente uma base iraniana permanente.
"Até agora, ele não deu um ordem para simplesmente sair", disse a fonte.
Cerca de 2.000 tropas dos EUA estão na Síria.
(Por Steve Holland e John Walcott)