Por James Oliphant e Nandita Bose
MILWAUKEE (Reuters) - A democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump vão à Carolina do Norte neste sábado para tentar obter apoio no Estado do sudeste dos EUA, apenas três dias antes da eleição presidencial de terça-feira.
Será o quarto dia consecutivo em que a vice-presidente Harris e o ex-presidente Trump visitarão o mesmo Estado no mesmo dia, ressaltando a importância crítica dos sete estados que provavelmente decidirão a disputa, a qual as pesquisas de opinião mostram estar no fio da navalha.
Mais de 70 milhões de americanos já votaram, de acordo com o Election Lab da Universidade da Flórida, abaixo do ritmo recorde de votação antecipada em 2020 durante a Covid-19, mas ainda indicando um alto nível de entusiasmo dos eleitores.
O sábado também marca o último dia de votação antecipada na Carolina do Norte, onde mais de 3,8 milhões de votos foram emitidos, enquanto a região oeste do Estado ainda está se recuperando das enchentes mortais causadas pelo furacão Helene.
Kamala planeja aparecer com o astro do rock Jon Bon Jovi em Charlotte, a maior cidade da Carolina do Norte, que está empatada com a Geórgia pelo segundo maior prêmio dos Estados decisivos. Cada um tem 16 votos no Colégio Eleitoral, onde 270 são necessários para garantir a presidência.
A Carolina do Norte apoiou Trump em 2020 por uma margem estreita de menos de 1,5 ponto percentual e elegeu um governador democrata no mesmo dia, dando esperança a ambos os partidos.
"É meu plano e minha intenção continuar a investir na manufatura americana, no trabalho que está sendo feito pelos trabalhadores americanos, defendendo e elevando os bons empregos sindicais", disse Kamala na manhã de sábado em Wisconsin, quando partia para a Carolina do Norte.
Trump realizará um comício em Gastonia, a oeste de Charlotte, antes de retornar ao estado à noite, onde deverá discursar na arena First Horizon Coliseum, com 22.000 lugares, em Greensboro.
"Esta eleição é uma escolha entre... termos mais quatro anos de incompetência e fracasso grosseiros ou começarmos os quatro maiores anos da história do nosso país", disse Trump a uma multidão em Michigan na sexta-feira.