NOVA YORK (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oferecendo mais palavras de louvor ao presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira estar considerando realizar uma parada militar norte-americana de 4 de Julho em Washington inspirada pela que viu como convidado de Macron em Paris.
De todos os líderes juntos em Nova York para a Assembleia-Geral anual da Organização das Nações Unidas, Trump é indiscutivelmente mais próximo de Macron, apesar de suas diferenças de idades e filosofias políticas.
Trump, de 71 anos, e Macron, de 39, assumiram seus cargos neste ano como forasteiros políticos e tiveram uma estranha apresentação com um já famoso aperto de mão em maio, no qual ambos apertaram a mão do outro tão forte que seus nós dos dedos ficaram embranquecidos.
Mas a relação dos dois líderes desde então se aproximou, destacada pela visita de Trump a Paris em julho, onde realizaram conversas e assistiram uma parada militar para marcar o anual Dia da Bastilha e o 100º aniversário da entrada norte-americana na Primeira Guerra Mundial.
Quando os dois líderes se encontraram nesta segunda-feira no Palace Hotel, em Nova York, às margens de cúpula da ONU, trocaram outro forte aperto de mão e falaram calorosamente sobre o outro.
“Ele está fazendo um trabalho incrível na França”, disse Trump sobre Macron. “Ele é respeitado pelo povo francês e eu posso dizer que ele é respeitado pelo povo dos Estados Unidos”.
Sentado ao lado do presidente norte-americano, Macron disse: “A força que une nossa relação é que dizemos tudo. Isto não significa que concordamos em tudo, mas nós concordamos em muitas coisas”.
Trump disse ter ficado tão impressionado pela parada militar na França que gostaria de recriá-la em Washington.
“Em uma larga escala, porque o que eu testemunhei, nós podemos fazer algo parecido no 4 de Julho em Washington, na avenida Pennsylvania”, disse a repórteres. “Nós estamos realmente analisando isto”.
A capital norte-americana foi palco de grandes exibições militares para marcar ocasiões significativas, incluindo vitórias em guerras, mas tanques e tropas em marcha pela avenida Pensylvania não são tipicamente partes do feriado do Dia da Independência dos EUA.
Os dois líderes posteriormente realizaram conversas, nas quais uma autoridade norte-americana disse que o presidente republicano reiterou acreditar que o acordo climático de Paris e o acordo nuclear do Irã, ambos negociados sob seu antecessor, o democrata Barack Obama, são profundamente problemáticos.
Trump prometeu deixar o acordo climático caso não haja uma renegociação mais favorável a Washington, um passo pelo qual a comunidade internacional possui pouco apreço.
(Reportagem de Steve Holland e John Irish)