Por Elizabeth Culliford
(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estará sujeito às mesmas regras do Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) que qualquer outro usuário quando o presidente eleito, Joe Biden, assumir o cargo em 20 de janeiro, confirmou a empresa de mídia social nesta semana.
O Twitter coloca avisos de "interesse público" em alguns tuítes de "líderes mundiais" que violam as regras. De outra forma, seriam removidos. Tuítes de candidatos políticos e autoridades eleitas ou governamentais são ocultados por um alerta e o Twitter toma medidas para restringir seu alcance.
Mas a empresa informou que esse tratamento não se aplica a ex-detentores de cargos.
"Esta estrutura política se aplica aos atuais líderes mundiais e candidatos a cargos públicos, e não a cidadãos particulares quando não ocupam mais esses cargos", disse um porta-voz do Twitter em um comunicado.
A empresa já adicionou vários avisos e rótulos aos tuítes da conta @realDonaldTrump, incluindo muitos desde a eleição de terça-feira que faziam alegações infundadas de fraude eleitoral.
A primeira vez que escondeu um tuíte de Trump atrás de um rótulo de "interesse público" foi em maio, quando o presidente violou a política da empresa contra a glorificação da violência.
No caso do Facebook, após Biden assumir o cargo em janeiro, as postagens de Trump também não estariam mais isentas de revisão por parceiros terceirizados de verificação de fatos, de acordo com as políticas da rede social.
A política online do Facebook diz que define os políticos, cujas postagens são isentas de verificação de fatos, como candidatos que concorrem a cargos públicos, atuais detentores de cargos e muitos de seus nomeados, juntamente com partidos políticos e seus líderes.
O Facebook não respondeu às perguntas da Reuters sobre como tratará a conta de Trump.
A vitória de Biden no sábado na Pensilvânia o colocou acima da marca de 270 votos no Colégio Eleitoral de que precisava para conquistar a Presidência. Trump não reconheceu o resultado e prometeu ir à Justiça.