Por Humeyra Pamuk e Lisa Barrington
ONCUPINAR, Turquia/BEIRUTE (Reuters) - Caminhões de ajuda e ambulâncias entraram na Síria através da Turquia neste domingo para entregar alimentos e suprimentos a dezenas de milhares de pessoas que estão fugindo da escalada do ataque do governo em Aleppo, enquanto ataques aéreos foram registrados em algumas vilas em uma rodovia ao norte da fronteira turca.
Forças russas e sírias intensificaram suas campanhas em áreas rebeldes ao redor de Aleppo, que ainda reúnem cerca de 350.000 moradores, e voluntários de ajuda humanitária disseram que a cidade --a maior da Síria antes da guerra-- pode cair em breve.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a guerra, disse que ataques aéreos, supostamente de aviões russos, atingiram neste domingo as aldeias de Bashkoy, Haritan e KFR Hamra, ao norte de Aleppo. As duas últimas, próximo a uma rodovia que leva para a Turquia.
A intervenção da Rússia tem desequilibrado a balança da guerra em favor do presidente Bashar al-Assad, revertendo as vitórias que os rebeldes tiveram no ano passado. Os avanços do exército sírio e de seus aliados, incluindo caças iranianos, estão ameaçando as zonas controladas pelos rebeldes em Aleppo.
"Em algumas partes de Aleppo o regime de Assad interrompeu o corredor norte-sul... A Turquia está sob ameaça", disse o presidente turco, Tayyip Erdogan, a repórteres em seu avião de volta de uma visita à América Latina, segundo o jornal Hurriyet.
De acordo com ele, as Forças Armadas da Turquia têm plena autoridade para combater ameaças à segurança nacional, embora altos funcionários do governo tenham dito que os membros da OTAN não têm intenção de organizar incursões unilaterais na Síria.
Forças árabes sunitas da região, que, como a Turquia, querem que Assad seja retirado do poder, disseram estar de prontidão para intervir com tropas terrestres, desde que como parte de um esforço internacional coordenado.