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Ucrânia não está sendo pressionada por aliados a interromper combates, diz Zelenskiy

Publicado 10.01.2024, 12:43
Atualizado 10.01.2024, 12:45
© Reuters. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, durante pronunciamento em Kiev
31/12/2023 Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

Por Andrius Sytas

VILNIUS (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta quarta-feira que Kiev não está sob pressão dos aliados para parar de lutar contra a Rússia, ao iniciar uma turnê pelos países bálticos com o objetivo de reforçar o apoio ao esforço de guerra.

Em sua viagem à Lituânia, Letônia e Estônia, Zelenskiy espera acabar com o cansaço da guerra entre os aliados ocidentais da Ucrânia, garantir mais ajuda financeira e militar e discutir as propostas de Kiev para ingressar na aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia.

Porém, pouco antes de o líder ucraniano iniciar as conversas com o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, em Vilnius, o ministro da Defesa da Itália disse em Roma que havia chegado o momento de a diplomacia abrir caminho para a paz.

Perguntado em Vilnius se os parceiros da Ucrânia estavam agora pressionando Kiev a parar de lutar, Zelenskiy disse: "Não há pressão dos parceiros para interromper nossa defesa. Não há pressão para congelar o conflito, ainda não".

"Há várias vozes na mídia, eu li todas elas", disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta com Nauseda. "Mas acho que nossos parceiros ainda não estão oficialmente prontos para nos dar tais sinais. Pelo menos eu não os ouvi pessoalmente."

Os três Estados bálticos estão entre os mais firmes apoiadores de Kiev na UE e na Otan, e forneceram ajuda militar à Ucrânia mesmo nas semanas que antecederam a invasão em grande escala da Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Todos os três, bem como a Moldávia, seriam os próximos na mira da Rússia se ela sair vitoriosa na Ucrânia, disse Zelenskiy.

Com as perspectivas de uma guerra prolongada crescendo depois que uma contraofensiva ucraniana no ano passado não conseguiu proporcionar o avanço que Kiev esperava, a Ucrânia tem apelado a seus aliados ocidentais por mais assistência financeira e militar.

Esses apelos se tornaram mais urgentes desde que os pacotes de ajuda da UE e dos Estados Unidos, no valor de dezenas de bilhões de dólares, foram paralisados no final do ano passado.

"Essa incerteza do apoio financeiro e militar dos parceiros à Ucrânia só aumenta a coragem da Federação Russa. Portanto, não devemos prolongar mais esse processo", disse Zelenskiy aos repórteres.

Ele disse que a Ucrânia enfrentou uma grave falta de sistemas modernos de defesa aérea contra ataques de mísseis e drones russos.

"DIPLOMACIA INTENSIVA",

O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, disse ao Parlamento italiano que a contraofensiva ucraniana não produziu o resultado desejado e que a situação militar deve ser vista com realismo.

"Sob essa perspectiva... parece que chegou a hora da diplomacia incisiva, juntamente com o apoio militar, porque há uma série de sinais importantes vindos de ambos os lados", disse Crosetto.

A Rússia está progressivamente demonstrando disposição para negociar e proteger sua economia, enquanto a postura da Ucrânia parece menos intransigente do que antes, disse ele.

"Tudo isso deve ser levado em consideração no caminho para as negociações para acabar com o conflito e o subsequente processo de normalização das relações, não apenas da Rússia com a Ucrânia, mas também com os países ocidentais", disse ele.

A Rússia disse que está pronta para negociações de paz se a Ucrânia levar em conta as "novas realidades", sugerindo um reconhecimento de que a Rússia controla cerca de 17,5% do território ucraniano.

© Reuters. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, durante pronunciamento em Kiev
31/12/2023 Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS

Zelenskiy rejeitou qualquer noção de que a Rússia esteja interessada em conversações sob o comando do atual presidente russo, Vladimir Putin, e sugeriu que Moscou concordaria com uma trégua nos combates somente se precisasse de uma pausa para reabastecer seu Exército.

Dirigindo-se a uma multidão de vários milhares de pessoas no centro de Vilnius, algumas delas agitando bandeiras ucranianas ou lituanas, Zelenskiy disse desafiadoramente: "Nunca haverá 'o dia depois da Ucrânia'. Haverá o dia depois da guerra e haverá o dia depois de Putin".

(Reportagem adicional de Angelo Amante, em Roma)

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