Por Maria Tsvetkova
HRABOVE, Ucrânia (Reuters) - O presidente da Ucrânia acusou militares russos nesta sexta-feira de ordenarem um ataque de míssil que derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines um ano atrás, enquanto parentes de vítimas se reuniram da Holanda até a Austrália para relembrar as 298 pessoas a bordo.
"O MH17, onde 298 vítimas foram mortas sem motivo nenhum, foi abatido por um míssil russo BUK, lançado por uma equipe profissional russa sob uma ordem ou instrução de militares russos", disse o presidente Petro Poroshenko no aniversário de um ano do desastre.
A Ucrânia tem consistentemente culpado a Rússia, mas os comentários de Poroshenko foram seus mais diretos até agora.
A Rússia nega responsabilidade e, em troca, apontou o dedo para a Ucrânia, cujas forças estão combatendo rebeldes separatistas pró-Rússia na região do leste ucraniano, onde o avião caiu.
Poroshenko não disse quais provas ele tinha para acusar militares russos. Em comentários posteriores nesta sexta-feira, ele utilizou uma formulação diferente, culpando pela tragédia "terroristas" treinados pela Rússia - uma descrição frequentemente utilizada pelo governo ucraniano para descrever os separatistas.