MONTEVIDÉU (Reuters) - Os uruguaios se despediram nesta sexta-feira do ídolo da seleção Alcides Ghiggia, o homem que calou o Maracanã em 1950 com um dos gols mais emblemáticos da história da Copa do Mundo, enquanto homenagens ocorriam em todo o mundo.
Ghiggia marcou o gol com o qual a "celeste" venceu o Brasil por 2 x 1 na decisão da Copa do Mundo de 1950, em episódio que ficou conhecido como "Maracanaço", acabando com a esperança de milhões de brasileiros que queriam ver a equipe campeã pela primeira vez e em casa.
O ex-atacante era o último sobrevivente da façanha.
Centenas de pessoas foram ao Palácio Legislativo em Montevidéu, onde o ex-jogador, que morreu na quinta-feira aos 88 anos de um ataque cardíaco, era velado com honras de Estado.
"Ontem nos deixou um grande do futebol uruguaio. Um homem que marcou a história do nosso país. Obrigado Alcides Ghiggia", disse o atacante Luis Suárez, em sua conta no Twitter.
Ghiggia marcou o gol da vitória do Uruguai no Maracanã aos 34 minutos do segundo tempo diante de cerca de 180.000 espectadores em 16 de julho, há 65 anos.
"Ele nos ensinou que o impossível não existe", disse a repórteres o jogador uruguaio Andrés Scotti.
(Reportagem de Malena Castaldi)