MANILA (Reuters) - A polícia filipina usou gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 1.000 manifestantes anti-EUA do lado de fora da embaixada norte-americano em Manila nesta quarta-feira, e imagens de televisão mostraram uma van de patrulha avançando contra as pessoas.
O incidente acontece no momento em que o presidente Rodrigo Duterte visita Pequim para reforçar as relações com a segunda maior economia do mundo em meio à deterioração dos laços com a ex-potência colonial das Filipinas, os Estados Unidos, provocada pela guerra controversa contra drogas ilegais.
A polícia prendeu 29 pessoas no protesto, enquanto pelo menos 10 foram levadas ao hospital depois de terem sido atingidas pela van da polícia, disse Renato Reyes, secretário-geral do grupo ativista de esquerda Bayan (Nação), aos repórteres.
Os manifestantes estavam pedindo a retirada das tropas norte-americanas da ilha de Mindanao.
"Não havia absolutamente nenhuma justificativa (para a violência policial)", afirmou Reyes.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, expressou compaixão aos feridos e desejou-lhes uma recuperação rápida. "Os EUA apoiam firmemente a democracia nas Filipinas e apoiam o direito à manifestação pacífica. Apelamos a todas as partes para estabelecer um diálogo pacífico", disse ele.
(Reportagem de Ronn Bautista e Neil Jerome Morales em Manila e David Brunnstrom em Washington)