Por Mubasher Bukhari
LAHORE, Paquistão (Reuters) - Os hospitais do Paquistão estavam tendo dificuldades nesta segunda-feira para tratar dezenas de vítimas de queimaduras graves após a explosão de um caminhão-tanque que matou ao menos 146 pessoas, e o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, voltou de uma viagem ao exterior para visitar os feridos.
Mais de 118 pessoas foram feridas pela explosão ocorrida em Punjab, província do leste do país, quando pessoas se reuniram para coletar o combustível que vazava do caminhão tombado no domingo, disseram autoridades do governo e socorristas.
O desastre foi um dos vários eventos fatais que ofuscaram o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum dos muçulmanos. Na sexta-feira, ao menos 65 pessoas morreram em ataques com bombas em duas cidades reivindicados por militantes islâmicos, incluindo o Taliban paquistanês e o Lashkar-e-Jhangvi.
Um pneu estourado aparentemente fez com que o caminhão-tanque tombasse em uma curva acentuada de uma rodovia nos arredores da cidade de Bahawalpur, disse o porta-voz provincial Malik Muhammed Ahmed Khan.
Não ficou claro o que provocou a detonação, mas no domingo um porta-voz dos serviços de resgate disse que se acredita que alguém acendeu um cigarro.
"A reabilitação e o tratamento das vítimas é nossa maior prioridade", disse Khan.
Os hospitais também estão providenciando exames de DNA para identificar os muitos corpos carbonizados e irreconhecíveis. Entre os mortos há ao menos 20 crianças.
O motorista do caminhão, que sobreviveu, foi detido para auxiliar uma investigação, mas relatos iniciais não indicam erro humano, disse Khan.