As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) ganharam força após um início de ano lento. A fabricante do iPhone se valorizou 18% no último trimestre, mais do que o dobro do índice de referência Nasdaq.
Após esse poderoso movimento, muitos investidores estão se perguntando: é tarde demais para comprar essa excelente ação de tecnologia?
Sua hesitação é bastante compreensível, em vista da incerteza pós-pandemia com a demanda dos produtos mais vendidos da companhia, como laptops, relógios e iPads.
Seu argumento é que, com a reabertura gradual da economia mundial após as campanhas de vacinação em massa, a demanda dos produtos da Apple para o teletrabalho cairia. Além disso, o maior escrutínio regulatório enfrentado pelas maiores empresas de tecnologia representa um grande desafio para o crescimento daqui para frente. As ações da Apple caíram mais de 3% na última sexta-feira após a empresa ser obrigada pela justiça a permitir que desenvolvedores direcionassem os consumidores para formas de pagamento externas em aplicativos móveis.
Esses argumentos sem dúvida têm seu peso, mas os investidores não devem perder de vista a enorme capacidade dessa empresa sediada na Califórnia de elevar rapidamente suas vendas e lucro. As vendas de iPhones, produto central da Apple, cresceram cerca de 50% no último trimestre, apesar de ter sido um dos períodos mais lentos da companhia, com os consumidores aguardando novos lançamentos de aparelhos em setembro.
Por trás desse contínuo ciclo de crescimento estão as enormes capacidades de inovação da companhia, não só fazendo a alegria dos consumidores atuais, mas também abrindo novas áreas de crescimento.
Grande potencial de alta
A perspectiva de crescimento da maior empresa dos EUA ainda é sólida, de acordo com uma nota recente do JPMorgan, que reiterou sua classificação de “acima da média” para a Apple e elevou seu preço-alvo da ação para US$180.
O JPMorgan disse em nota:
“Estamos elevando nossas estimativas de volume para o iPhone para o ano fiscal de 2022 (para 246 milhões de unidades) e enxergamos um grande potencial de alta em relação à expectativa de consenso, que vem crescendo ao longo dos últimos meses, após os robustos volumes do iPhone 12.”
A gigante da tecnologia de consumo lançou o iPhone 12 no ano passado, que foi um sucesso de vendas, apesar dos problemas de cadeia de fornecimento gerados pela pandemia. A empresa revelou o iPhone 13 ontem, com novos recursos de câmera e processadores mais rápidos.
O JPMorgan, no entanto, afirma que a demanda do iPhone 13 será fraca em comparação com a do 12, que foi visto como uma atualização bem maior, mas espera que a capacidade 5G continue impulsionando as vendas.
As visões otimistas do JPMorgan estão em linha com o consenso geral de Wall Street. Cerca de 80% dos 41 analistas que cobrem a Apple classificam a ação como acima da média, segundo um levantamento do portal Investing.com. Em média, a expectativa é que a empresa suba mais 12% nos próximos 12 meses, considerando o preço de fechamento de terça-feira.
No curto prazo, no entanto, a Apple pode registrar fraqueza. As ações da gigante da tecnologia caíram em 75% dos dias de lançamentos de iPhone, de acordo com dados da Bloomberg. “Qualquer impacto positivo de um novo lançamento já foi precificado na ação”, de acordo com uma nota do Bespoke Investment Group a clientes.
Conclusão
A maioria dos analistas continua enxergando mais ganhos nas ações da Apple, graças a modelos de iPhone habilitados para 5G e à expansão das suas receitas com serviços e outras ofertas de hardware.