Faltando apenas 14 pregões para o 1° turno, podemos perceber uma certa calmaria nas movimentações na Bolsa de Valores, como bem pontuou Andre Esteves (sócio-partner do BTG Pactual (BVMF:BPAC11)) "após a redemocratização estamos presenciando a menor volatilidade pré eleitoral da história nos mercados". Mas, o que isso quer dizer? Basicamente o sobe e desce dos ativos estão moderados, ou bem abaixo do que geralmente acontece em períodos de incertezas pré eleitorais. Um exemplo é a variação anual do Ibovespa que sobe (até hoje 12/09/22) + 8% 113.670 e neste mês sobe aproximadamente 4%. Movimentações de alta tendem a ser mais cadenciadas, geralmente as turbulências são mais agressivas na baixa.
Já o mercado de Dólar está num range de preço que vai de R$5,00 à R$5,20. A expectativa acompanhada pelos 10 últimos relatórios Focus do Banco Central vem apontando que a maioria acredita que teremos no final de 2022 a moeda americana fechando exatamente a R$5,20. Isso mostra um consenso por parte dos analistas consultados que acreditam que não teremos grandes movimentações, e realmente isso tem se confirmado.
A impressão que temos é que o mercado não está ligando para quem será o próximo presidente, pois as equipes econômicas tendem a ser parecidas. No passado, quando se imaginou uma ruptura do governo petista, o ex-presidente Lula trouxe também nomes que o mercado financeiro aprovava, como exemplo, Henrique Meirelles.
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O mercado sinaliza positivamente as eleições, pelo menos este é o sentimento que vemos neste ano, mesmo com uma nova variante de Covid (que surgiu no inicio do ano), Guerra Rússia X Ucrânia, inflação no mundo em patamares históricos, Bancos Centrais aumentando taxas de juros e a proximidade da nossa eleição presidencial temos preços acomodados. Se nenhuma surpresa acontecer até o 1° ou 2° turno, a Bolsa deve fechar o ano em 115.000 e o Dólar realmente no R$5,20 sem grandes novidades.