Começamos esta semana como terminamos a última, buscando um pouco de luz depois da trapalhada do Fed. Praticamente tudo o que a farra da liquidez proporcionou ao Ibovespa foi tirado pela água que o Bullard jogou no chope. Se volatilidade pouca é bobagem, só hoje temos três discursos de membros do Fed na agenda. Lembrando que o Fed tem 7 membros votantes e 12 governadores distritais. E, aparentemente, eles não falam a mesma língua.
19 homens e outro segredo
Pelo visto, tem gente que não acaba mais para alimentar a dieta diária de volatilidade dos mercados.
E agora, como você vai se posicionar, estando completamente no escuro?
(i) Busca beta com fundamentos, seguindo a estratégia e as ações que falamos no PRO de sexta.
(ii) Explora as assimetrias a seu favor, alavancando sua exposição à volatilidade de Fed no curto prazo.
(iii) Ou tenta adivinhar o que está na cabeça não de um, mas dos 19 senhores mencionados acima. Sobre (ii): Nossa Carteira de Opções dessa semana foi montada com base no cenário macro inseguro. Das sete opções selecionadas, três são puts (opções de venda) e duas são calls (opções de compra) com perfil bem defensivo. E estamos novamente carregando extremos opostos de Vale e Petrobras a prêmios relativamente baratos.
Qual a novidade?
Pano de fundo do Fed, temos relatório Focus sem alterações relevantes, dados chineses superiores às projeções e vitória da Merkel na Alemanha.Vitória da Merkel na Alemanha é igual vitória do Bayer de Munique, não sei qual me surpreende mais...
Já a recuperação chinesa é um alento para cíclicos globais, mas, para cíclicos globais, o que pega mesmo é o destino do fluxo, o desfecho do Fed.
Dança das cadeiras
O noticiário corporativo também parece em stand by. Tirando os tradicionais (irrelevantes) "proventos cotados na forma 'ex'", as "empresas em recuperação judicial" ou as "alterações de participação acionária", sobra pouquíssima coisa no Plantão Empresas da BM&F Bovespa. Por incrível que pareça, a OGX está lá, e não por um motivo de fluxo - "esclarecimento sobre oscilação das ações".
A petroleira anunciou a eleição de novo diretor financeiro e de relações com investidores. Com a cadeira vaga, também não há grande novidade aqui. O que me surpreende é como a empresa consegue para se concentrar em uma reestruturação complexa como esta diante de uma dança de cadeiras frenética. Consegue?
Ajudando Abilio
O noticiário financeiro procura um destino para o dinheiro do Abilio. Após sair do Grupo Pão de Açúcar, nosso amigo tem R$ 5 bilhões para investir, agora livres da cláusula de não concorrência no setor de varejo. Faz sentido que Abilio empregue o dinheiro no setor. Tem conhecimento de sobra e há possibilidade de somar via uma atuação ativista, utilizando sua expertise e olhar de concorrente dos problemas da operação para colher sinergias e agregar à gestão da potencial interessada.
Poderia concentrar na Brasil Foods ou indiretamente em Tarpon, como buscar diversificação e sinergias para a gigante dos alimentos processados. Tem opções para todos os gostos: empresas caras, baratas, maduras, com potencial de crescimento, com sinergias claras, valor travado… Na sua opinião, qual listada de consumo e varejo cai mais ao gosto deste freguês? Responda aqui. Amanhã eu conto qual a mais votada. E em quem eu investiria se tivesse o dinheiro do Abilião.
Comprando FIIs ao som dos canhões
Os imóveis comerciais registram tendência de queda no valor dos alugueis em São Paulo. Pesquisas recentes apontam que nos primeiros seis meses do ano o valor do metro quadrado comercial na capital ficou em R$ 116. Dentre os principais fatores está um aumento da oferta: há previsão de entrega de mais de 460 mil m2 de edifícios com perfil AA na cidade até o final deste ano.
Muitos fundos imobiliários têm refletido no valor das cotas a maior morosidade de cenário para os comerciais. Por outro lado, alguns têm portfólio bastante diversificado e sem sofrer revisionais significativas, reservando yields ainda maiores. O Rio Bravo Renda Corporativa é um que vem mudando bastante (para melhor). Suas cotas caem 16,5% no ano, o Fundo negocia abaixo do valor patrimonial e paga 8,5% de yield. Seria ele o melhor FII para exposição em imóveis comerciais com grande diversificação?
De nada, Apple!
Se o dia está fraco na agenda corporativa tupiniquim, em Wall Street não se fala em outra coisa além das vendas dos novos iPhones. A Apple bateu um recorde vendendo 9 milhões de modelos iPhone 5S e iPhone 5C desde o lançamento dos produtos na sexta-feira. Para terem ideia, o lançamento do iPhone 5 em 2012 vendeu 5 milhões de unidades em três dias. Porém há algumas diferenças.
Neste ano, a Apple incluiu a China na data oficial de estreia. Além disso, a Rádio Empiricus acaba de ingressar no iTunes, disponível gratuitamente. Consequência? Ações da Apple subindo 3% e a posição de caixa da empresa tendendo ao infinito. E o famoso viés de base de comparação ataca novamente.
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.