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Fevereiro começou com tudo. Mas, depois do revés de janeiro em Wall Street, a volatilidade deve continuar, pelo menos nas próximas semanas. Com isso, muitos investidores estão querendo diversificar suas carteiras.
No atual contexto inflacionário, uma estratégia que chama cada vez mais atenção é a busca por rendimentos estáveis.
No artigo de hoje, apresentamos dois fundos negociados em bolsa (ETFs) que podem ser apropriados para quem busca renda passiva, seja porque está se planejando para a aposentadoria ou deseja pagar despesas regulares.
O fundo Global X SuperDividend US (NYSE:DIV) fornece acesso a 50 empresas dos EUA cujos dividendos estão entre os que oferecem os maiores rendimentos. O fundo começou a ser negociado em março de 2013 e realiza distribuições mensais.
O setor de consumo básico tem a maior parcela de participação no DIV, com 23,8%. Em seguida temos utilidade pública (15,5%), mercado imobiliário (12,3%), indústria (11,7%), serviços financeiros (9,2%), energia (9%) e saúde (7,4%). Os 10 principais nomes respondem por cerca de um quarto do seu patrimônio líquido de quase US$704 milhões.
Entre os destaques do seu portfólio estão a gigante farmacêutica Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34); BP Midstream Partners (NYSE:BPMP), uma parceria limitada; os fundos imobiliários Public Storage (NYSE:PSA) e CubeSmart (NYSE:CUBE), focados em instalações de armazenamento individual (self-storage); a empresa de utilidade pública American Electric Power (NASDAQ:AEP).
Nos últimos 12 meses, o DIV já subiu quase 17% e tocou sua máxima plurianual em janeiro. No entanto, desde então, vários dos nomes do fundo ficaram sob pressão, e o ETF se desvalorizou cerca de 0,5% no acumulado do ano. Contudo, gostamos da diversidade dos nomes do portfólio e acreditamos que o fundo deve estar no radar dos investidores.
Nosso próximo fundo, o JP Morgan Equity Premium Income (NYSE:JEPI), investe em empresas de grande capitalização nos EUA que pagam dividendos, além de gerar renda mensal vendendo opções de compra cobertas. As distribuições são feitas mensalmente. Os gestores do fundo buscam oferecer baixa volatilidade e crescimento de capital.
O JEPI investe atualmente em 105 empresas, mas nenhuma delas responde por mais de 2% do seu portfólio.
Em termos subsetoriais, temos: saúde (12,2%), TI (11,6%), indústria (11,5%), serviços financeiros (10%), consumo básico (10,9%), utilidade pública (7,1%) e consumo discricionário (6,9%).
Entre os principais nomes da sua carteira estão: o grupo diversificado de energia DTE Energy (NYSE:DTE); as farmacêuticas AbbVie (NYSE:ABBV) e Eli Lilly (NYSE:LLY); as gigantes da tecnologia Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34); a empresa de seguros Progressive (NYSE:PGR); a consultoria Accenture (NYSE:ACN); o grupo financeiro Mastercard (NYSE:MA) (SA:MSCD34); e o peso-pesado do setor de logística United Parcel Service (NYSE:UPS).
O JEPI subiu mais de 10,8% nos últimos 12 meses e tocou sua máxima recorde em dezembro de 2021. No entanto, sofreu um declínio de 2,3% desde o início de 2022. Para fins de comparação, o índice S&P 500 registra queda de 4% no acumulado do ano e oferece um rendimento em torno de 1,3%, enquanto o rendimento atual do JEPI é de mais de 7%.
Os leitores regulares desta coluna sabem que acreditamos que as opções de compra cobertas podem ter um lugar nas carteiras de pequenos investidores. No entanto, a configuração de operações com opções pode não ser apropriada para muitos investidores. Por isso, um ETF como o JEPI pode ser uma alternativa nesse sentido.
Outros fundos similares que merecem uma avaliação melhor são:
Compreensivelmente, diversos fatores afetam o funcionamento de uma dada estratégia de subscrição de opções de compra de um fundo. Por exemplo, a distribuição de rendimentos depende da expiração das opções de compra, ou seja, se elas viram pó ou vencem no dinheiro. Por isso, os investidores devem estudar bem esses fundos antes de investir.
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