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3 Grandes Ações/BDRs Pagadoras de Dividendos para Ter Renda em 2022

Publicado 05.01.2022, 09:36
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Para quem está se preparando para a aposentadoria, é muito fácil perder de vista as oportunidades de renda consistente em um mercado onde as ações de crescimento continuam dominando o jogo. Depois de entregar 27% de ganhos em 2021, o S&P 500 começou muito bem o ano-novo, impulsionado por alguns nomes de alto crescimento e que não pagam dividendos, como a fabricante de veículos elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34)

Mas se você está no mercado para obter uma fonte de renda consistente para a melhor idade, é importante não deixar de olhar aqueles nomes “chatos”, mas que distribuem dividendos confiáveis aos investidores, sem perder o ritmo.

As empresas com muito caixa e a recuperação econômica podem fazer com que os dividendos globais tenham um ano recorde, de acordo com a Janus Henderson Investors. A gestora financeira, em novembro, elevou suas estimativas de proventos totais para US$1,46 trilhão em 2021.

As empresas estão se planejando para gastar ainda mais em 2022 com recompras de ações e dividendos, segundo uma reportagem recente do Wall Street Journal. Muitas empresas já se recuperaram do baque provocado pela pandemia do coronavírus, dando amplo espaço para que recompensem seus acionistas, como afirmou Howard Silverblatt, analista sênior de índices do S&P Dow Jones Indices, na matéria do WSJ.

As ações de renda também estão ganhando força, na medida em que a disparada da inflação e a alta dos rendimentos dos títulos públicos fazem com que companhias que pagam bons dividendos se tornem um investimento mais atraente. Diante desse cenário, apresentamos uma lista de três grandes ações pagadoras de dividendos que podem impulsionar qualquer carteira focada em geração de renda no longo prazo.

1. JPMorgan Chase

Os bancos são um caso clássico de setor cíclico, já que estão bastante ligados à direção da economia. Neste momento, esses fatores se mostram bastante favoráveis para as ações bancárias, em razão da perspectiva de maiores taxas de juros e robusto crescimento econômico.

No setor bancário, para investidores com foco em renda, gostamos do JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), maior instituição do segmento nos EUA, graças ao seu forte balanço patrimonial e qualidade das suas operações.

JPM semanal

Em seu mais recente balanço, o JPM gerou excelentes resultados, já que a economia americana continua crescendo, apesar dos efeitos das variantes da Covid e de rupturas na cadeia de fornecimento.

Durante o terceiro trimestre, a instituição financeira nova-iorquina registrou um salto de 52% nas tarifas da sua unidade de investment banking, o que impulsionou seu lucro.

Em conjunto com os gastos governamentais maciços em infraestrutura e uma redução gradual do estímulo monetário, os bancos podem ver uma aceleração na demanda por crédito no próximo ano, à medida que pessoas e empresas vão usando sua liquidez acumulada durante a pandemia.

As ações do JPM fecharam o pregão de ontem cotadas a US$167,83, gerando um retorno de 2,38% apenas com dividendos. Isso corresponde um provento atual de US$1 por ação a cada trimestre, após um crescimento de cerca de 18% ao ano nos últimos cinco anos.

2. Broadcom

Se você planeja combinar crescimento com um fluxo constante de receita de dividendos, o segredo é apostar em empresas amadurecidas no mercado de tecnologia. A gigante dos semicondutores Broadcom (NASDAQ:AVGO) (SA:AVGO34)atende esses critérios perfeitamente. Ela se destaca graças à sua generosa política de proventos.

AVGO semanal

Na última década, o dividendo do Broadcom cresceu de forma robusta, de um pouco menos de US$0,10 por ação, em 2011, para os atuais US$4.10 por trimestre. No fechamento de terça-feira a US$670,92, o papel entregava um retorno de 2,54% com dividendos.

Esse impressionante crescimento foi possível graças a uma estratégia inteligente de aquisições e à explosão da demanda por aparelhos conectados, como smartphones. A Broadcom é uma grande fornecedora de semicondutores que filtram sinais de rádio e estabelecem conexões sem fio em smartphones, como o iPhone. A empresa também domina o mercado de comutadores, máquinas que direcionam o tráfego entre computadores de servidores e data centers.

Em razão do uso cada vez maior de computação na nuvem e a introdução de aparelhos habilitados para 5G, a Broadcom está bem posicionada para continuar sua trajetória ascendente e fornecer renda crescente aos seus investidores de longo prazo.

De acordo como Goldman Sachs (NYSE:GS), a Broadcom está mais bem posicionada para enfrentar momentos difíceis na indústria de chips, que não está conseguindo atender à forte demanda. Sua nota sobre a empresa disse o seguinte:

“O intenso foco da gerência na diferenciação e liderança se reflete na margem brita da companhia. Não apenas a Broadcom gera as maiores margens brutas dentro do universo coberto, como o tem feito por anos com baixa variação, apesar do caráter cíclico inerente à indústria de semicondutores.”

3. Exxon Mobil

À medida que a demanda por energia ainda se recupera do colapso de 2020, algumas das maiores ações do petróleo vêm ganhando força.

XOM diário

Negociada a cerca de US$66 por ação na terça-feira, a Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34)disparou, subindo quase 60% no ano passado.

Apesar de o melhor momento para comprar ações petrolíferas ter ficado para trás no atual ciclo, alguns desses nomes ainda são uma pechincha para investidores em busca de rendimento. O retorno anual dos dividendos da Exxon, de 5,79%, por exemplo, é três vezes maior do que o rendimento médio do S&P 500, de 2%.

Após uma forte recuperação dos preços de energia desde a queda provocada pela pandemia em 2020, essas empresas também estão em posição muito melhor para pagar proventos com sua própria geração de caixa, em vez de se endividar no mercado.

Durante o 3º tri, a empresa de Irving, Texas, gerou US$12 bilhões em caixa com operações, o suficiente para cobrir seu dividendo trimestral de US$0,88 por ação.

Entre as grandes petrolíferas, a Exxon é a escolha favorita dos analistas do Goldman Sachs, que consideram que o retorno dos dividendos do papel, que está entre os maiores do setor, como “mal precificado em relação ao sustentável fluxo de caixa livre".

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