O Índice Small Cap da Bovespa está com alta de 1,5% em agosto, mas caiu 12% no ano até o momento. O cenário atual no mercado financeiro é de incertezas, e a segunda-feira foi sangrenta por conta do aumento de juros no Japão, da escalada da guerra no Oriente Médio e dos dados de emprego ruins nos Estados Unidos.
Tudo isso também gera dúvidas sobre a trajetória futura da taxa Selic no Brasil, com a última Ata do Copom deixando em aberto a possibilidade de subir os juros novamente caso necessário. Por essas e outras, aumenta-se o risco de investir em ações: a volatilidade no mercado tende a ser ainda mais alta.
Nesse cenário, apostar em small caps, ações de capitalização baixa que costumam oscilar com maior força, torna-se ainda mais arriscado. Mesmo assim, por outro lado, há quem goste de assumir riscos, pois também significam maior chance de lucrar.
Utilizando as ferramentas avançadas do InvestingPro, selecionamos três ações do índice de Small Caps do Brasil para evitar no segundo semestre de 2024. Por enquanto, são ações que não estão valendo a pena por estarem caras, segundo a plataforma. Confira!
Ambipar (BVMF:AMBP3)
A Ambipar é especializada em gestão ambiental, prestando serviços de gerenciamento de resíduos, atendimento a emergências ambientais, e consultoria em sustentabilidade para empresas de diversos setores. Sua ação preferncial encontra-se cotada em R$ 77,00 e está com potencial de desvalorização de -32,1% de acordo com o preço-justo do InvestingPro -- que seria de R$ 52,29 na média de 12 modelos de valuation.
A ação subiu mais de 300% no último mês e mais de 800% desde maio, e por isso encontra-se cara atualmente, além de ser alvo de investigação da CVM por conta da alta atípica. A nota geral de Saúde Financeira da empresa é de 2,83 e ligeiramente acima da média, mas bastante impulsionada justamente pela categoria Tendência de Preço (nota 4,64). As outras quatro categoria possuem média de apenas 2,39.
Alupar (BVMF:ALUP11)
A Alupar atua no segmento de energia, focada na construção, operação e manutenção de ativos de transmissão e geração de energia elétrica, com operações no Brasil e em outros países da América Latina. Com sua ação unit cotada em R$ 31,47, o papel teria preço-justo de R$ 24,07 de acordo com o InvestingPro, o que aponta downside de -23,5% na média de 14 modelos de valuation.
A nota geral de Saúde Financeira da empresa é de 2,69 e abaixo da média, com desempenho pior na categoria Crescimento (1,79). Além disso, a ção negocia com um PEG Ratio alto de 9x.
Irani (BVMF:RANI3)
A Irani atua no setor de papel e celulose, envolvida na produção de papel para embalagens, caixas de papelão ondulado e embalagens flexíveis, além de realizar o manejo florestal sustentável para abastecer suas operações industriais. Sua ação ordinária tem cotação de R$ 8,04 e ainda assim encontra-se cara de acordo com o preço-justo do InvestingPro -- que seria de R$ 6,24 com downside potencial de -22,3% na média de 14 modelos de valuation.
A nota geral de Saúde Financeira da empresa também fica abaixo da média, em 2,64. Há previsão de queda no lucro em mais de 20% no ano, o que também contribui para ligar o alerta.
OBS: Dados coletados na quarta-feira, 7 de agosto de 2024
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