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40% das empresas que não inovam estagnam ou perdem mercado

Publicado 08.10.2023, 09:05
Atualizado 13.09.2023, 17:57

Em um cenário de mercado global em constante evolução, a inovação em produtos e o desenvolvimento de novos negócios emergiram como imperativos estratégicos para organizações de todos os portes e setores. A velocidade vertiginosa das mudanças tecnológicas, as crescentes e mutáveis demandas dos consumidores e a competição acirrada exigem que as empresas não apenas acompanhem, mas também antecipem as tendências e necessidades do mercado.

Este artigo se propõe a examinar as razões subjacentes à necessidade de inovação e criação de novos negócios e produtos, destacando como esses esforços podem gerar novas receitas, satisfazer as expectativas dos clientes e oferecer proteção contra disrupções do mercado. Para fornecer uma perspectiva esclarecedora e prática, irei analisar estudos de caso de gigantes da indústria, como a Microsoft (NASDAQ:MSFT), Netflix (NASDAQ:NFLX) e LEGO, bem como extrair insights valiosos da consultoria McKinsey & Company e da Harvard Business Review. Por meio dessas análises, almejo não apenas revelar as motivações por trás da inovação, mas também fornecer insights estratégicos para empresas que desejam manter sua relevância e prosperar no atual cenário de negócios.

A trajetória da Microsoft é emblemática no mundo dos negócios. Fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, a empresa estabeleceu-se rapidamente como líder no mercado de sistemas operacionais com o lançamento do MS-DOS nos anos 80, seguido pela introdução do Windows. No entanto, a virada do milênio trouxe desafios inesperados, com investidores preocupados com a incapacidade da Microsoft de inovar e expandir-se para novos mercados.

Foi nesse contexto que Satya Nadella assumiu como CEO em 2014, trazendo uma nova visão e direção estratégica para a Microsoft. Sob sua liderança, a empresa embarcou em iniciativas voltadas para a computação em nuvem e soluções móveis. O Azure, plataforma de computação em nuvem da empresa, tornou-se fundamental para sua estratégia de crescimento, experimentando um crescimento de 200% entre 2008 e 2020.

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Em um mercado saturado, as empresas muitas vezes enfrentam dificuldades para aumentar sua receita apenas por meio de suas ofertas existentes. A inovação e a criação de novos produtos ou serviços podem abrir portas para segmentos de mercado não explorados ou criar categorias inteiramente novas. Um exemplo notável é a Apple (NASDAQ:AAPL), que diversificou seu foco original em computadores pessoais com o lançamento do iPod e da iTunes Store, gerando uma nova fonte substancial de receita.

À medida que as necessidades e desejos dos clientes evoluem, as empresas devem se adaptar para atender a essas expectativas em mudança. Plataformas de streaming, por exemplo, surgiram em resposta à crescente demanda por acesso imediato e sob demanda ao conteúdo.

Em uma era onde a "disrupção" se tornou quase um clichê, as empresas que não inovam correm o risco de serem ultrapassadas por concorrentes mais ágeis ou por novos entrantes no mercado. O mercado de táxis, por exemplo, foi significativamente perturbado pelo surgimento de plataformas de compartilhamento de caronas, como Uber (NYSE:UBER) e Lyft (NASDAQ:LYFT).

De acordo com um estudo global da McKinsey, empresas que priorizaram a criação de novos negócios nos últimos cinco anos relataram um aumento médio de receita de 12% em relação ao total. Esse número não apenas é estatisticamente significativo, mas também evidencia o impacto direto que novos empreendimentos podem ter na saúde financeira de uma empresa. Empresas que tornaram a criação de novos negócios uma das três prioridades estratégicas cresceram mais rápido do que outras, mesmo em tempos de choques econômicos.

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Além disso, a capacidade de lançar novos produtos efetivamente pode contribuir substancialmente para o crescimento da receita. Até 36% das receitas em um período de três anos podem ser atribuídas ao lançamento de novos produtos. O lançamento de novos produtos não é apenas uma estratégia, mas também uma arte, exigindo comprometimento da liderança e investimento em capacidades de suporte.

Para maximizar o sucesso na inovação de produtos e serviços, os executivos devem responder a três conjuntos principais de perguntas: Estratégia Corporativa - Como o desenvolvimento de novos produtos e serviços se encaixa na estratégia global da empresa? Qual é o papel desses novos lançamentos nos objetivos de longo prazo da organização?; Maximização de Valor - Como podemos capturar mais valor dos lançamentos de produtos e serviços? Isso envolve estratégias de preços, qualidade, suporte ao cliente e outros atributos que aumentam a percepção de valor; Retorno sobre Investimento (ROI) - Qual é o ROI dos nossos lançamentos de produtos e serviços? Como isso se compara com os concorrentes? É importante avaliar variações de ROI por grupo de produtos e região, considerando as diferentes dinâmicas de mercado.

À medida que as demandas do mercado estão em constante evolução e as expectativas dos clientes se tornam cada vez mais exigentes, empresas que inovam em produtos e novos negócios têm a oportunidade de superar a média do mercado. Exemplos como a Netflix demonstram a importância de antecipar mudanças culturais e se adaptar rapidamente às demandas emergentes do mercado para alcançar sucesso contínuo.

A Netflix, com sua transição bem-sucedida de um modelo de aluguel de DVDs para uma plataforma de streaming, é um exemplo notável de como a inovação e a compreensão das tendências do consumidor podem manter uma empresa à frente do jogo. Com quase 240 milhões de assinantes em todo o mundo em 2023 e um marketshare de 44% nos serviços de streaming, a Netflix ilustra a importância de se manter sintonizado com as mudanças no ethos do momento.

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Resolver a inovação de produto envolve cinco etapas fundamentais. Primeiro, é crucial entender por que a empresa busca inovar, permitindo uma avaliação adequada da necessidade de seguir adiante com a inovação. Em seguida, é essencial quantificar metas específicas relacionadas à inovação, fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões. A terceira etapa envolve o desenvolvimento de um framework para coletar dados e informações que apoiem a recomendação. A quarta etapa é decisiva, pois considera a estratégia do produto, abordando questões como o timing da inovação e como entrar no mercado. Isso pode envolver desenvolvimento interno, parcerias ou aquisições. Por fim, a etapa cinco implica a implementação da estratégia de produto, seguida pelo monitoramento constante do desempenho e pela iteração com base no feedback e nos dados coletados, enfatizando a importância da adaptabilidade no processo de inovação.

Aproximadamente 40% das empresas que não inovam ficam estagnadas ou perdem terreno em relação ao mercado. No mundo empresarial dinâmico de hoje, as organizações que não adotam uma abordagem proativa para se reinventar, muitas vezes encontram-se em uma posição vulnerável, onde a estagnação ou mesmo a declínio é uma realidade inevitável.

A história da LEGO ilustra vividamente a importância da inovação no mundo dos negócios. Fundada em 1932, a LEGO prosperou como fabricante de brinquedos baseados em blocos de construção interconectáveis, atingindo seu auge nas décadas de 70 e 80. No entanto, entre 1990 e 2004, a empresa enfrentou dificuldades devido à concorrência crescente e à ascensão dos videogames. O CEO da época, Jørgen Vig Knudstorp, reconheceu a necessidade de adaptação e direcionou a empresa para uma abordagem mais inovadora.

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A LEGO realizou pesquisas de mercado, coletou feedback dos consumidores e percebeu a crescente demanda por experiências que mesclassem o físico com o digital. Isso levou à colaboração com a TT Games, resultando na criação da série "LEGO Star Wars" e, posteriormente, em outros títulos de sucesso. Essa abordagem de integração do mundo digital revitalizou a marca e a posicionou como líder em inovação no mercado de brinquedos, resultando em vendas impressionantes, expansão da marca para entretenimento digital e a conquista de uma nova geração de consumidores, sem alienar os fãs tradicionais. O sucesso da LEGO não apenas se traduziu em ganhos financeiros substanciais, mas também reforçou sua posição como uma das marcas de brinquedos mais reconhecidas e valiosas do mundo.

Um dos maiores desafios que empresas enfrentam é a estagnação na receita, um fenômeno que pode afetar até mesmo as organizações mais exemplares. O estudo "The Root Causes of Revenue Stalls" da Harvard Business Review aponta para algumas causas frequentes e, frequentemente, previsíveis deste evento.

De acordo com o estudo, a maior categoria de fatores (23%) responsável por sérias estagnações na receita é a incapacidade de uma empresa responder eficazmente a novos desafios competitivos de baixo custo ou a uma mudança significativa na valorização do produto pelos clientes. Esta situação foi denominada de "cativeiro de posição premium". 

Este conceito tem semelhanças com a "disrupção tecnológica" descrita por Clayton M. Christensen em seu livro "The Innovator’s Dilemma". Como observado na análise dos dados da Fortune 100 ao longo do último meio século, as observações de Christensen ressoam profundamente, evidenciando sua perspicácia. 

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A segunda causa mais frequente é o que o estudo define como "quebra na gestão da inovação". Esta quebra refere-se a problemas crônicos na atualização de produtos e serviços existentes e na criação de novos. Interessantemente, a questão não é centrada em falhas individuais de lançamento de produtos. Ao contrário, estagnações de crescimento seculares foram atribuídas a ineficiências ou disfunções sistêmicas. 

Uma observação particularmente intrigante foi a tendência das empresas em deslocar a maior parte de suas atividades de P&D para suas unidades de negócios. No entanto, esta descentralização, quando combinada com métricas que exigem um alto crescimento de receita de novos produtos, pode levar a uma alocação excessiva de recursos para pequenas oportunidades incrementais de produtos em detrimento de maiores investimentos futuros. 

A terceira causa principal é o "abandono prematuro do core". Isso ocorre quando empresas não exploram completamente as oportunidades de crescimento em seus negócios principais, optando por diversificar prematuramente.  Os erros mais comuns aqui incluem a crença de que os mercados principais estão saturados ou que impedimentos operacionais são um sinal para buscar novos territórios competitivos. Tais suposições, quase invariavelmente, resultam em competidores ocupando o espaço deixado pelo incumbente.  

O "déficit de talento" é a quarta categoria principal. Isso não se refere apenas à falta de talento, mas à ausência de capacidades requeridas em áreas-chave de uma empresa, principalmente no nível executivo. 

Outra observação poderosa foi que um culpado comum em todas as estagnações de receita foi a falha da gestão em alinhar as suposições subjacentes à estratégia da empresa com as mudanças no ambiente externo. Esta falta de consciência ou falha na priorização adequada, quando as suposições estratégicas se tornam obsoletas, pode ser extremamente prejudicial. 

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Em conclusão, evitar a estagnação na receita requer uma abordagem proativa e um compromisso contínuo com a inovação. No ambiente em constante transformação dos negócios, a negligência da importância do desenvolvimento de novos negócios e produtos pode tornar as corporações obsoletas. Investir em inovação não é arriscado, mas sim uma garantia contra a irrelevância, e a cultura de inovação contínua é a chave para liderar o mercado. Portanto, é responsabilidade de todos, desde executivos até funcionários, entender o papel crítico da inovação como catalisador de crescimento e diferenciação. Ignorar essa realidade pode levar à estagnação e ao declínio, enquanto abraçá-la é a chave para um futuro bem-sucedido.

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