Trump diz que Brics "acabaria rapidamente" se chegasse a se formar de modo significativo
- Pentágono reclassifica drones como bens de consumo, liberando espaço para uma disparada na demanda.
- Lista com 9 ações do setor já mostra forte tração em defesa, mobilidade e tecnologia.
- Verão nos EUA pode ser janela estratégica antes do ciclo de contratos no outono.
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Enquanto analisava gráficos de volume, algo me chamou a atenção: um grupo de ações de um setor negligenciado começou a disparar simultaneamente. À primeira vista, pareciam eventos isolados, mas, no mercado, quase nada é realmente desconectado.
Em poucos minutos, ficou evidente: algo relevante está começando a se mover.
Estamos diante da próxima onda especulativa?
Nos últimos meses, o foco passou por temas como energia nuclear, computação quântica e tecnologias espaciais, cada um com seu breve período de entusiasmo. Mas, silenciosamente, um novo vetor começa a ganhar forma: os drones.
Não apenas os modelos militares, mas todo o ecossistema, incluindo mobilidade aérea, agricultura de precisão, comunicação e sistemas de defesa, começa a apresentar sinais de tração.
A pergunta óbvia, então, era: quem são os verdadeiros protagonistas desse movimento?
Recorri à WarrenAI e montei uma lista de favoritos com nove empresas que cobrem toda a cadeia de suprimento do setor de drones (todas subiram na quarta-feira):
Unusual Machines (NYSE:UMAC) – Fornece motores para drones militares e de corrida (FPV), em conformidade com a regulamentação NDAA dos EUA.
- Red Cat Holdings (NASDAQ:RCAT) – Desenvolve drones defensivos e softwares embarcados, como o modelo FANG.
- Draganfly (NASDAQ:DPRO) – Atua com drones para segurança pública e entregas médicas.
- AeroVironment (NASDAQ:AVAV) – Referência em drones militares, fabrica o modelo Switchblade.
- Ondas Holdings Inc (NASDAQ:ONDS) – Fornece infraestrutura de comunicação para aplicações industriais e de defesa.
- Kratos Defense (NASDAQ:KTOS) – Produz drones-alvo para treinamento militar e pesquisa.
- EHang Holdings (NASDAQ:EH) – Pioneira em drones autônomos para transporte de passageiros e táxis aéreos.
- Ageagle Aerial Systems (NYSE:UAVS) – Oferece soluções para mapeamento e agricultura de precisão.
Por que agora? Uma mudança regulatória decisiva
No dia 10 de julho de 2025, o Pentágono reclassificou oficialmente os drones como “bens de consumo”. Essa mudança permite que até comandantes de escalões médios autorizem compras diretamente, sem os entraves burocráticos anteriores.
Em termos práticos, a demanda por drones pode acelerar a qualquer momento, sem aviso prévio.
Não se trata de um ajuste pontual, mas de uma reconfiguração estrutural que pode redefinir a dinâmica do setor para investidores de longo prazo.
Na semana passada, a UMAC recuou 18% após anunciar uma captação de recursos com forte desconto. No mesmo dia, a RCAT avançou 7% e a UAVS subiu 10%, em meio a novos pedidos ligados à defesa.
O mercado parece irracional? Talvez.
Mas é justamente em cenários assim que surgem retornos assimétricos, para quem estiver disposto a enfrentar a volatilidade.
Verão pode ser o ponto de entrada ideal
Um detalhe que passa despercebido para a maioria dos investidores:
Julho e agosto costumam ser meses mais calmos, com o S&P 500 apresentando um ganho mediano de +1,1% desde o ano 2000.
Setembro, em contraste, tem desempenho historicamente mais fraco (-1,2% mediano), inclusive para ações do setor de defesa.
Esse contexto faz do verão um bom momento para investidores em drones construírem posição de forma estratégica, antes da retomada de novos contratos e liberações orçamentárias no outono e inverno.
E agora que os drones são tratados como insumos, a demanda pode romper os padrões sazonais tradicionais, a oportunidade pode surgir a qualquer instante.
Foco no longo prazo
O setor não é para perfis conservadores. Há riscos de diluição, múltiplos esticados e volatilidade elevada.
Por outro lado, os vetores de crescimento são robustos:
- Orçamentos globais de defesa em níveis recordes
- Aumento da autonomia tecnológica em diversos setores
- Redução de barreiras regulatórias
- Meus critérios de atenção estão claros:
Capacidade de acessar contratos governamentais
- Propriedade intelectual e tecnologia exclusiva
- Modelos de negócio escaláveis
- Governança confiável e transparente
A indústria de drones avança rapidamente, e o interesse institucional já é uma realidade.
Por ora, sigo acompanhando esses nomes de perto.
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