Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
- Medidas dos EUA sobre acesso a cripto nos planos 401(k) e a indicação de Miran ao Fed elevam o sentimento do mercado.
- A integração ao sistema de previdência pode legitimar o setor e destravar trilhões em potencial de liquidez.
- Romper acima de US$ 119.000 pode estender o rali, enquanto a falha nesse nível pode levar a queda para perto de US$ 109.500.
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O bitcoin avançou novamente nesta semana, apoiado por dois movimentos políticos relevantes nos Estados Unidos. O primeiro é que o governo Trump está preparando uma ordem executiva para permitir a inclusão de criptomoedas nos planos de aposentadoria 401(k). O segundo é a indicação de Stephen Miran, conhecido por seu apoio ao setor, para o Conselho de Diretores do Federal Reserve.
Essas medidas aumentaram as expectativas de um ambiente regulatório mais favorável para ativos digitais e sustentaram a demanda no mercado. Além disso, a postura positiva da SEC em relação ao segmento tem reduzido a pressão sobre as cotações.
Fatores que limitam a correção do bitcoin
A indicação de Miran também é interpretada como sinal de uma política monetária mais flexível à frente, notícia bem recebida pelo mercado cripto. Há quem acredite que o ciclo prolongado de aperto monetário do Fed esteja próximo do fim e que, com a entrada de um defensor do livre mercado como Miran, essa transição possa ocorrer mais rápido. Isso favoreceria ativos como o bitcoin, frequentemente vistos como proteção contra a inflação.
Por outro lado, a eventual permissão para que planos 401(k) incluam criptomoedas pode ter impacto ainda mais profundo no setor. Trata-se de um sistema de aposentadoria que movimenta trilhões de dólares e representa uma das maiores fontes de liquidez do sistema financeiro global. Incorporar criptoativos a esse arcabouço não apenas geraria um aumento expressivo na demanda, como também agregaria legitimidade institucional ao segmento.
O efeito poderia ser comparável ao que o mercado de ETFs gerou para o bitcoin. Ao longo do tempo, uma mudança desse tipo pode aprofundar a integração entre cripto e finanças tradicionais, ajudando a reduzir a volatilidade e a criar um ambiente de preços mais estável.
Ainda assim, apesar dos fatores positivos, a tendência de alta enfrenta riscos no curto prazo. Dados on-chain apontam desaceleração na atividade da rede, sugerindo que a recente valorização foi gerada principalmente por liquidações de posições vendidas. Para romper de forma consistente a próxima resistência, será necessário maior engajamento na rede e volumes mais altos de negociação.
Por ora, as novidades recentes sustentam o mercado e ajudaram a evitar uma correção mais profunda. O momento de curto prazo do bitcoin segue forte, mas sua sustentação dependerá mais da demanda constante de investidores individuais e institucionais do que de avanços regulatórios.
O bitcoin vai romper a resistência de julho?
Sob a ótica técnica, os eventos desta semana permitiram ao bitcoin recuperar-se após cair abaixo do suporte de US$ 114.600, o que conteve, até agora, a tendência de baixa da semana anterior e reativou o movimento em direção à zona crítica de resistência.
O ativo testa agora o nível de US$ 117.000, que funcionou como suporte de curto prazo em julho. Um fechamento diário acima dessa faixa pode abrir espaço para uma alta até US$ 120.000, sendo que um fechamento semanal nesse patamar será determinante para a força da tendência. Em caso de rompimento, a meta de curto prazo fica próxima de US$ 125.500. Indicadores técnicos reforçam essa leitura, com as médias móveis exponenciais começando a apontar para cima e o Stochastic RSI sinalizando possibilidade de avanço até US$ 120.000.
A marca de US$ 119.000, situada entre US$ 117.000 e US$ 120.000, permanece como ponto de inflexão. A incapacidade de superá-la pode estimular novas vendas. Nesse cenário, US$ 114.500 será o primeiro suporte relevante. Uma quebra abaixo desse nível pode levar a quedas até US$ 109.500 — em linha com a média móvel exponencial de três meses — e, possivelmente, até US$ 106.000.
No geral, o sentimento em torno do bitcoin é de otimismo cauteloso, apoiado pelo potencial de aumento nos volumes de negociação. Contudo, a forma como os vendedores irão se posicionar próximo aos US$ 119.000 provavelmente definirá o rumo do ativo nas próximas semanas.
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