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A ação mais barata da Bolsa

Publicado 09.02.2014, 08:58
Por que entramos na lista

Cá entre nós, apesar da minha crítica à política econômica brasileira, acho um desrespeito colocar o Brasil no mesmo saco dos Fragile Five... com os Fragile Five. Falando sério, o Brasil só entrou nessa lista negra por conta do seu déficit em conta corrente, que ultrapassa 3,5% do PIB, e pelo lado fiscal. O que isso quer dizer? Que o déficit terá de ser zerado com o superávit na conta de capital, que é a entrada de investimentos no país, ou então via uso das reservas (que vêm sendo usadas para conter a escalada do dólar).

Trocando em miúdos...


Se o Banco Central não deixar o dólar se valorizar substancialmente, não vamos conseguir ajustar a conta. Sobre o lado fiscal, eu não acredito em grandes ajustes, nem em Papai Noel. Em bruxas, também não acredito, mas que elas existem, existem - Brasília está cheia delas.

No mesmo saco

Matéria da Bloomberg de hoje ressalta a expressiva queda (de 90%!) nas ofertas de títulos brasileiros no mercado internacional. Na comparação com uma cesta ampla de emergentes, nosso resultado é muuuuito pior. Para a cesta, a queda média é de queda de 6% no período. Com isso, temos nosso pior começo de ano para a venda de títulos no mercado externo desde 2003. Independentemente de sermos um dos Cinco Frágeis ou não, somos vistos como um. Somos frágeis.

“Condições de mercado adversas” (o retorno)


Em linha com a degradação dos mercados, hoje tivemos nas internas outra demonstração do ambiente ríspido dos mercados. O bom e velho “condições de mercado adversas” voltou a ser utilizado de argumento para uma interrupção de oferta pública de ações. Desta vez, quem utilizou foi a Fras-Le (FRAS4). Ultimamente não temos visto muitos “condições de mercado adversas”. Do alto (?) dos 46 mil pontos do Ibovespa, a coisa já é barrada um passo antes: quantos IPOs e ofertas de ações temos no radar?

O que realmente importa


Já falamos em M5M passado sobre a enorme quantidade de ofertas para fechamento de capital e programas de recompra de ações abertos (intenções de comprar ações por parte do insider), na comparação com o volume de IPOs (intenção de venda pelo controlador). Ao passo que o número de IPOs no radar é nulo, no time das empresas que estudam sair ou reduzir a presença na Bolsa temos exemplos como Dasa, Fleury, Odontoprev e Brookfield, entre outras - só para citar o noticiário mais recente. A questão da Fras-Le é mais uma a alimentar este debate, que, em derivada, leva à questão-chave se a Bolsa está barata ou não (para estarem comprando, mas não vendendo). Mas assim como o fato de sermos ou não Fragile Five, trata-se de debate irrelevante em termos práticos. Já vimos que por si só, o argumentos dos IPOs x fechamentos de capital não é conclusivo no sentido de afirmar a atratividade da Bolsa nos níveis atuais. O caro pode ficar mais caro, assim como o barato pode ficar mais barato.

Aonde quero chegar - as grandes porradas da Bolsa


Se há uma referência conclusiva nessa história, é de que os movimentos societários têm disparado algumas das grandes porradas da Bolsa neste início de ano, independentemente do cenário inóspito para os ativos de risco. Temos como referência episódios como B2W, HRT e Brookfield, por exemplo, cujas ações sobem respectivamente 45%, 22% e 11,5% no ano a partir de rumores de movimento societário. Veja que mesmo um caso de aumento de capital (venda de ações) como o da B2W chama atenção pela disparada das ações. Seja na compra ou venda de ações, os movimentos societários trazem referências contundentes de valor, geralmente a partir de um insider, evidenciando potenciais distorções de mercado, geralmente envolvendo tag along ou prêmio em caso de aquisição de participações relevantes. Essa é a grande lição. Sob essa ótica, o esforço está em descobrir as ações que (ainda) podem ganhar com movimentos societários. Eu já tenho a minha lista. São quatro ações, nenhuma frágil.

O atraso (e o absurdo) da Petrobras


As ações da Petrobras encontraram um novo motivo para cair ontem. A estatal petrolífera adiou a divulgação do seu balanço de quarto trimestre e ano cheio de 2013, do dia 14 para o dia 25 de fevereiro.

O adiamento por si só não quer dizer que o resultado foi ruim. Pode até ser bom, se abrir espaço para a companhia trabalhar na redução do seu plano de investimentos. Mas, no escuro, o adiamento alimenta ainda mais incertezas no mercado sobre um um balanço nebuloso, com grande pressão sobre a alavancagem e contexto muito difícil (vide o prejuízo com importação de combustíveis com o dólar nas alturas). O Ministro Mantega afirmou ser um “absurdo” a reação negativa do mercado ao adiamento. Eu afirmo ser um absurdo o presidente do Conselho da maior companhia listada (em volume de negociações) simplesmente não compreender a dinâmica dos mercados de ações.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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