O ano de 2020 ficará para sempre marcado pelos efeitos nefastos incomensuráveis sob todos os aspectos da pandemia de covid-19. O ano foi marcado também por uma alta da inflação, especialmente de alimentos (13,2% quando se esperava que fosse 10,9%). Grande parte da alta não esperada se deu no segundo semestre, o que veio somar a todos os transtornos da crise. Como os preços aos produtores agropecuários (IPPA) cresceram 45,5% no ano (quando se esperava 19,9%), à agropecuária tem sido atribuído praticamente todo aumento da inflação dos alimentos aos consumidores. Em estudo divulgado hoje pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a equipe de macroeconomia faz uma análise fundamentada dessa questão, buscando-se os gatilhos que desencadearam essa inflação.
Para isso, a equipe de macroeconomia do Cepea empregou o Modelo Econômico de Análise de Inflação do Cepea. Foi verificado que, em 2020, somente os gatilhos (surpresas com que não se contava) do câmbio e dos preços internacionais (em dólares) teriam feito a alta em IPPA ser de 33,5%. O efeito do menor crescimento da agropecuária faria esse aumento chegar a 37,7%. Outros fatores como o frete e o aquecimento da demanda no segundo semestre contribuíram para o avanço afinal observado, de 45,5%.
Quanto ao aumento do custo da alimentação em 2020, o estudo mostra que câmbio e preços internacionais em dólares teriam feito a inflação dos alimentos chegar a 15,4%. Considerando-se o choque de produção agropecuária, essa inflação chegaria a 16,5%. A recessão (com queda de emprego e renda) impediu que isso acontecesse, ficando, então, a taxa em 13,2%.
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