Alckmin teve conversa longa com Lutnick e governo não está fixado em prazo de tarifa, diz Haddad
Vai piorar
Mais do mesmo, pela décima segunda semana consecutiva...
Relatório Focus apontou deterioração adicional das expectativas dos agentes de mercado. Na mediana das projeções:
- inflação: de 7,93% para 8,12% - PIB: de -0,78% para -0,83% dólar: de R$ 3,06 para R$ 3,15
A tônica de mais inflação e menos crescimento tem acompanhado mais dólar (menos real) e mais juros.
A grande questão é que não há rigorosamente nenhum elemento no radar capaz de alterar essa dinâmica.
Ajuste fiscal?
Até mesmo a expectativa do Focus para o superávit primário vem piorando. De semanas estacionada em 1% do PIB, a medida passou a 0,8%.
Resultado inequívoco?
Mais deterioração à frente.
15 anos depois...
Para o Ibovespa nada disso importa.
O principal índice da Bolsa brasileira vem de alta acumulada de 7% na semana passada, e luta (com dificuldade) para estender os ganhos no pregão.
Os mercados externos ajudam, com uma boa amostra de total desconexão com a realidade.
Na semana passada, o Banco Central americano revisou para baixo todas as projeções para a economia. E... em termos nominais, o índice Nasdaq voltou pela primeira vez aos patamares - quem diria! - da bolha pontocom.
Nada mais sugestivo.
O mapa da mina
Confesso que os últimos dias têm sido difíceis para o analista aqui...
De que adianta estudar empresas e desdobramentos econômicos, se os fundamentos que faltam não fazem falta para os mercados?
No fim das contas, o que fará diferença é a promessa de que a emissão dinheiro e farra da liquidez irão continuar, pelo menos mais um pouquinho, vai...
Cedendo às regras do jogo, vamos então ao que interessa:
Agenda de discursos de membros do Fed para a semana de 23 a 27 de março:
23/3 (segunda): Stanley Fisher 24/3 (terça): James Bullard 25/3 (quarta): Charles Evans 26/3 (quinta): James Bullard e Dennis Lockhart 27/3 (sexta): Stanley Fisher e Janet Yellen
“Não tem mais verba? Vai no verbo.”
Aguardando cenas dos próximos capítulos...
A maior (e mais perigosa) entidade do mundo
Na sexta-feira saiu o resultado do Banco Central americano.
O lucro do Federal Reserve aumentou 30% na comparação com 2013, atingindo US$ 101 bilhões no ano passado.
É o equivalente ao caixa acumulado pela maior empresa privada do mundo, a Apple.
É suficiente para comprar qualquer empresa brasileira.
Só não é suficiente para pagar a dívida da Petrobras.
Mas e daí?
O Federal Reserve terminou o ano passado com US$ 4,5 trilhões em ativos, o que torna o seu lucro insignificante.
US$ 500 bilhões de ativos a mais do que o final de 2013.
US$ 3,7 trilhões a mais do que o padrão de normalidade do seu balanço, antes de iniciar o programa de injeção de liquidez, em 2008.
Too big will fail?
A maior entidade do mundo é, também, a mais perigosa.