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A maior aposta da história contra uma Bolsa

Publicado 20.02.2014, 12:10
NDX
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DJI
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Ostentação

Ontem questionamos o fundo do poço para a Bolsa, se é que existe um fundo. Você está preocupado em o Ibovespa perder os 45 mil pontos? Eu estaria mais preocupado com a perda dos 40 mil.

Mas enquanto definhamos, os gringos ostentam...

Figura 1.

O índice Nasdaq acaba de renovar a sua máxima histórica, após sequência de sete altas seguidas. Paralelamente, o Dow Jones e o S&P 500 estão beirando novos recordes históricos.

Em que mundo esses caras vivem?

O mundo dos resultados

A principal força motriz das Bolsas americanas parece vir da temporada de resultados - além do driver clássico da liquidez, claro. Com mais de 90% das integrantes do S&P 500 já tendo reportado seu resultado do quarto trimestre, a constatação é de um crescimento médio de 9,3% nos lucros até então, cerca de três pontos percentuais acima da média de projeções dos analistas.

Contra fatos há argumentos?

Há sim. Há o risco de uma recuperação econômica frágil, agora com menos estímulos. Há o argumento de lucros corporativos inflados não pela operação, mas pelo resultado financeiro em um contexto de juros zero (que, obviamente, não durará para sempre).

A maior aposta contra uma Bolsa da história

George Soros é conhecido por ter feito apostas gigantescas e vencedoras. Dentre elas, a quebra do Banco da Inglaterra, que rendeu alguns bilhõezinhos ao nosso herói, citada no M5M de ontem.

Na sexta-feira, tornou-se público que no último trimestre o fundo de Soros aumentou em 154% a sua aposta contra o mercado de ações, via posição vendida no índice S&P 500. Com isso, a aposta chega a 11,13% de todo o patrimônio sob sua gestão.

Pouca coisa?

É o equivalente a US$ 1,3 bilhão de pressão vendedora sobre o S&P 500, somente do Soros.

Decoupling

Revisitando o gráfico acima, notamos que aquela velha correlação histórica entre as Bolsas americana e a brasileira não é mais a mesma - longe disso.

Colocando o Ibov na conta...

Figura 2.

Nós caímos enquanto eles subiram.

Você acha que vamos subir se eles sofrerem uma correção expressiva?

Infelizmente, eu acho que perdemos o bonde.

“Não sei o que fazer”

Sofremos pressão dos gringos, e não temos um mundo de resultados para nos orgulhar - alguém aí viu o resultado que a Oi (OIBR4) soltou hoje?

Em uma troca de emails essa manhã, o leitor Walter resumiu o sentimento de muitos: “hoje, sinceramente, não sei o que fazer”.

Desde o ano passado temos recomendado alocação underweight (abaixo da média) em ações. O contexto da Tempestade Perfeita, este contexto, que impõe queda de 9,2% para o Ibovespa em pouco mais de mês em 2014, ainda exige uma alocação do grosso do patrimônio de forma extremamente conservadora.

Dependendo do seu perfil de risco, a ideia é deixar de 80% a 60% dos recursos em aplicação de baixíssimo perfil de risco com retorno real (descontada a inflação) interessante. A Bolsa é o seu beta, para colocar pouco dinheiro em boas empresas extremamente descontadas, ou caçar oportunidades de multiplicação de valor. É o dinheiro de que você não vai precisar.

Para o grosso do seu patrimônio

Para a parte conservadora, ou o grosso do seu patrimônio, sobressaem algumas debêntures de rating AAA (ex. debêntures da Vale), ou notas do Tesouro Direto: hoje você não encontra rendimento de 13% ao ano com esse perfil de risco em nenhum outro lugar do mundo.

Foi pensando nisso que preparamos uma série especial sobre o Tesouro Direto, que vai desde o passo-a-passo de como investir nas notas até a indicação específica de quais os melhores títulos para comprar.

O “risco” por trás destas quedas

Pensando agora na parte “beta” do patrimônio, o Régis e o Guilherme gostariam de saber:

(i) o que está acontecendo com Gerdau? Mudou algo no macro, o risco-China
realmente pesa tanto ou o mercado está penalizando demais?

Algum fato novo para JBS cair mais de 8% em 2 dias?

Gerdau vem apanhando por conta do risco-apagão. O mercado está batendo em todo mundo que é intensivo em energia (indústria de modo geral) e Gerdau entra nessa história.

Já JBS sofre com o risco-Bertin: segundo matéria da Folha, a família Bertin está liquidando a sua posição na companhia. A pergunta sobre JBS deveria ser outra: por que subira tanto?

Lembrando que JBS também carrega o risco-Tony Ramos.
O de alguém encontrar pelo na carne.

M5M

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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