A Semana em Bolsa

Não me entenda mal, por favor. Sou formado em colégio jesuíta. Sujeito comprometido e fiel, avesso às práticas profanas. Lembrando do Renato Russo, responsável, cristão convicto, burguês padrão e já passei no vestibular, mesmo sem saber muito de química.

Também não tenho nada contra quem frequenta os inferninhos e remunera a profissão mais antiga do mundo. Cada um com seus pobrema. Quem é eu pra tá julgando.

Mas falo aqui das puts, as opções de venda sobre ações. Só isso. Esta é a semana do Halloween, né? Eu achava que a “comemoração” seria no dia 31. Fiquei surpreso ao saber que, excepcionalmente neste ano – 2013, sacou? – a coisa foi antecipada.

Acabo de encontrar uma bruxona típica agora na padaria. Vestida de preto, nariguda, verruga enorme e tudo mais. Deus me livre. Não acredito em azar nos investimentos.

Acho que as coisas estão mesmo complicadas por razões estruturais, e não por falta de sorte. Do ponto de vista macro, acho que não demos a devida importância ao aumento das taxas interbancárias na China na semana passada.

Por lá, a concessão de crédito tem ultrapassado o razoável e isso é sempre um prenúncio de bolha. Nos EUA, temos, cedo ou tarde, de enfrentar o problema da retirada dos estímulos monetários. E por aqui, seguimos com uma tríade bem complicada de inflação alta, crescimento baixo e déficit em conta corrente crescente.

Sob a ótica corporativa, incorporadoras devem começar a soltar resultados consolidados. Vai, de novo, ter sangria. Ainda mais agora que as velocidades de vendas já mostram queda substancial. A distância entre o premium e as problemáticas deve aumentar antes de diminuir, com exceção de Rossi, cuja geração de caixa tende a melhorar destacadamente.

Para Brookfield, sigo bem pessimista, com possibilidade de levantar hipótese de novo aumento de capital. PDG é outra para a qual projeto algo bem ruim, mas vem na outra semana ainda. Em consumo, esperava uma melhora, mas Hering veio com queda no conceito mesmas-lojas e não gostei nada disso. E a novela mexicana da OGX pode terminar já nesta semana, sendo a primeira com final infeliz. Recuperação judicial está mais perto a cada dia e, em não havendo surpresas, deve ser mesmo materializada até o começo de novembro.

A mensagem é mesmo pessimista. Este quadro negativo permeia a montagem de nossa Carteira de Opções Semanal, que sai amanhã recheada de puts. Quem assinar a série pega um desconto bem legal. É a chance de você comprar seguro barato em Bolsa e ainda se beneficiar de potencial de valorização alto no caso de acertar os racionais, sem precisar recorrer à bruxaria.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.