Xiaomi surpreende com números trimestrais sólidos e metas ambiciosas no mercado de carros elétricos
A empresa chinesa de tecnologia Xiaomi (HK:1810) superou as expectativas dos analistas com resultados impressionantes no último trimestre. Além de um negócio de smartphones em expansão, a empresa está cada vez mais em destaque com planos ambiciosos na área de veículos elétricos. Mas a concorrência é acirrada, especialmente da BYD (SZ:002594), líder do setor, que pressiona consideravelmente a Xiaomi.
A Xiaomi registrou um faturamento trimestral de 111,3 bilhões de yuans (cerca de 15,5 bilhões de dólares), ficando bem acima das estimativas médias dos analistas, que eram de 109 bilhões de yuans. Digno de nota: a empresa já entregou 75.869 unidades de seu primeiro carro elétrico, o SU7. A meta para todo o ano de 2025 era de 100.000 unidades.
Projeto bilionário de carros elétricos
Com esse desenvolvimento, a Xiaomi avança na visão de seu cofundador, Lei Jun, que pretende investir dez bilhões de dólares para catapultar a empresa para o liga dos principais fabricantes de automóveis. Depois de desafiar concorrentes como Tesla (NASDAQ:TSLA) e BYD no disputado mercado chinês de carros elétricos no ano passado, o grupo agora aposta no SUV elétrico YU7, apresentado recentemente. Este modelo deve estar disponível a partir de julho e desempenha um papel fundamental na estratégia da Xiaomi.
Ações da Xiaomi também dependem das da Tesla?
Tendo em conta os fortes resultados trimestrais da Xiaomi e a continuação da queda nas vendas da Tesla, essa poderia ser a conclusão. Mas queremos saber mais.
Numa comparação direta entre a Xiaomi e o grupo de referência, a Xiaomi sai claramente melhor:
No entanto, se olharmos para os dois gráficos, ambas as ações podem ser muito interessantes a longo prazo. No entanto, as ações da Tesla apresentam um risco significativamente maior, também em termos técnicos.
As ações da Xiaomi
Elas seguiram exatamente nossa previsão, caíram para a caixa roxa em 36,05 HKD e, desde então, voltaram a subir. A próxima meta de longo prazo é a caixa vermelha entre 67,20 HKD e 86,45 HKD. Um intervalo de pelo menos 60%. Mas, após a correção intermediária que se seguirá, continuará a subir. Na nossa opinião, a ação é adequada para um horizonte de investimento de longo prazo.
Análises detalhadas e, acima de tudo, regulares, também em intervalos de tempo mais curtos, podem ser encontradas em nosso site e em nosso canal no YouTube.
A ação da Tesla
A ação da Tesla pode cair a qualquer momento e chegar a US$ 88,70 a US$ 46,84. No entanto, a probabilidade de nossa previsão se concretizar aumenta se a ação conseguir superar o cluster de resistência entre US$ 383,76 e US$ 429,84. Mas precisamos saber que, do ponto de vista técnico, a queda só será impossível se o valor ultrapassar US$ 543,95. Até lá, o risco permanece.
Ainda assim, acreditamos que a ação continuará a evoluir de acordo com nossa previsão e que a forte estrutura de impulso continuará a se expandir para cima. As metas estão marcadas no gráfico (caixas vermelhas).
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BYD continua sendo uma concorrente poderosa
No entanto, o desafio da BYD continua enorme. No início do ano, a líder do setor causou sensação com uma guerra de preços agressiva, oferecendo sistemas avançados de assistência ao motorista sem custos adicionais. Na semana passada, a BYD reduziu os preços novamente em até 34%, o que intensificou ainda mais a concorrência.
Negócio de smartphones de sucesso como espinha dorsal
A Xiaomi também está obtendo um sucesso notável no segmento de smartphones. As entregas aumentaram 40% na China em comparação com o ano anterior, apoiadas por subsídios do governo, como mostra um estudo da Counterpoint Research. Isso também se refletiu no preço das ações, que quase dobrou desde seu nível mais baixo em março e subiu 90% nos últimos seis meses.
Foco no desenvolvimento de chips
Para fortalecer ainda mais sua posição no mercado, a Xiaomi está investindo cada vez mais no desenvolvimento de suas próprias tecnologias de semicondutores. Até o final da década, estão previstos investimentos de sete bilhões de dólares para aumentar a independência de fornecedores como a Qualcomm (NASDAQ:QCOM). Na semana passada, Lei Jun apresentou o novo chip Xring, que será usado nos dispositivos móveis da Xiaomi no futuro.
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