Ser contrário pode ser mais lucrativo do que você imagina se você decidir investir a longo prazo.
Todos os anos a Morningstar produz o seu índice Loved / Unloved stocks, que em português livre seriam ações amadas e não amadas – chatas. Este índice consiste em comparar as empresas da moda com aquelas que não aparecem no noticiário, que possuem negócios pouco “sexys” e nos quais a maioria dos investidores não deseja investir seu dinheiro. Como tem acontecido nos últimos 25 anos, essas empresas “não amadas” superaram em muito não apenas as empresas “amadas”, mas também o próprio benchmark americano.
Sem ir mais longe, o termo value investing, cunhado por Ben Graham e David Dodd, tem como princípio de investimento comprar aquelas empresas que se chamavam “butts” e que, apesar de estar perto da ruína, tinham valor de ativos superior ao seu valor de mercado.
Essa abordagem é semelhante ao tipo de investimento que nós fazemos hoje, apesar do fato de que muitas pessoas criticam nossa abordagem pelo fato de que as bigtechs nos últimos anos dominaram os retornos do mercado. Só que as pessoas não levam em conta que a nossa margem de segurança é muito maior e que dentro do universo de mais de 8 mil ativos nos Estados Unidos, algumas das maiores valorizações vieram justamente de empresas e ações desconhecidas, pouco badaladas.
A lição mais importante que poderíamos tirar é que o FOMO (Fear Of Missing Out) é uma das piores estratégias que podemos seguir se o que queremos é ganhar dinheiro na bolsa de valores no longo prazo. Psicologicamente, é difícil comprar os ativos que caem, mas sem dúvida tem uma recompensa muito maior no longo prazo, que é o que todo investidor deve aspirar.