Mesmo que você não conheça Rocky Balboa (Sylvester Stallone), certamente ouviu falar na história do lutador de boxe que trabalha como "cobrador" de um agiota e teve a chance de enfrentar Apollo Creed (Carl Weathers), o campeão mundial dos pesos-pesados, que teve a ideia de dar oportunidade a um desconhecido como um golpe publicitário. Rocky, que estava fora dos holofotes, decide, então, treinar para enfrentar o grande campeão.
Sentado na arquibancada para assistir a essa luta, em qual dos dois você apostaria todas as suas fichas: no campeão (Blue Chips) ou no desconhecido (Small Caps)?
A maioria das pessoas responderia “no campeão”. E se déssemos uma oportunidade para o desconhecido?
Trazendo para a nossa realidade, na Bolsa de Valores, os investidores preferem as grandes do mercado a buscar novas oportunidades nas Small Caps.
O motivo é muito simples: por serem empresas de baixa capitalização, ou seja, que têm valor de mercado menor do que as Blue Chips, as ações Small Caps têm liquidez menor e, consequentemente, um volume menor de negócios por dia.
Mas se você está focado em investimentos sob a ótica de crescimento e retorno a médio e longo prazos, as Small Caps são mais atrativas. A essa altura, você já percebeu que estamos falando de algo realmente lucrativo. Para entender melhor, vamos trazer um exemplo.
Na B3, as ações da Petrobras (SA:PETR4; PETR3), Vale (SA:VALE3), Itaú Unibanco (SA:ITUB3; ITUB4) e Eletrobras (SA:ELET3; ELET5) são exemplos de Blue Chips.
Em pouco mais de duas décadas, de dezembro de 1999 até dezembro de 2021, todas essas empresas citadas acima ofereceram retornos inferiores quando comparadas com algumas empresas de menor liquidez, as Small Caps.
As ações da Alpargatas (SA:ALPA4), Ferbasa (SA:FESA4), Schulz (SA:SHUL4), Unipar (SA:UNIP3; UNIP6)), Comgas (SA:CGAS5) e ISA CTEEP (SA:TRPL4; TRPL3) superaram as maiores tanto no Retorno Absoluto quanto no Real Anual.
Agora que você já sabe que os maiores retornos dos últimos 22 anos não são das maiores empresas da Bolsa, queremos mostrar uma oportunidade nas Small Caps que não aparece sempre.
Em entrevista para o Brazil Journal, o sócio da Leblon Equities, Pedro Chermont, disse que a gestora está olhando para empresas menores do que as que fazem parte do índice de Small Caps da Bolsa, inclusive algumas têm market cap (valor de mercado) inferior a 1 bilhão de reais e sofreram consideravelmente do início da queda mais acentuada do mercado, no segundo semestre de 2021 para cá.
Em comum entre a Leblon e a mim, está a escolha de duas empresas para fazer parte da sua carteira: Alper (SA:APER3) e Priner (SA:PRNR3).
Um grande abraço!