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Ações: Value Investing x Growth Investing

Publicado 29.01.2021, 15:18
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Conheça um pouco mais sobre as duas principais filosofias de investimentos adotadas pelos investidores fundamentalistas de ações.

Value Investing

O value investing é uma filosofia que se baseia na premissa de que a hipótese de eficiência fraca dos mercados é válida, mas que a semiforte não é.

Para deixar claro, isso significa que os preços passados não vão gerar valor na análise, mas que podem existir divergências entre o preço e o real valor das empresas, uma vez que não serão em todos os momentos que os preços das ações estarão ajustados aos fundamentos atuais da empresa.

Dessa forma, os value investors buscam comprar ações quando elas estão sendo negociadas a preços inferiores ao seu real valor.

O preço da ação é a média ponderada de todas as estimativas de valor dela naquele momento, ou seja, é o que todos os compradores e vendedores potenciais enxergam de valor ponderado pelo número de ações que cada um estaria disposto a possuir.

O value investor basicamente compra ações quando acredita que o mercado está subestimando o real valor de determinada empresa e aguarda pacientemente para que novas informações (principalmente resultados) validem a sua visão e, consequentemente, que o mercado eleve o preço das ações.

Existem 3 tipos de value investors: o screener (detetive) – busca uma lista de características (múltiplos, dívida, crescimento, gestão, riscos, visibilidade resultados), o contrarian (baseado nas reações sempre exageradas do mercado, inclusive empresas ruins podem ser bons investimentos, desde que se pague barato o suficiente – jogo de expectativas) e o ativista (adquirir grandes participações em empresas subavaliadas e com má gestão para ser o catalisador das mudanças e melhorias).

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A filosofia nasceu formalmente por volta da década de 30/40, quando Benjamin Graham apresentou 3 conceitos simples:

1. Ações são partes de empresas: análise técnica, trading, stop-loss ou qualquer outro tipo de estratégia que leve em conta apenas os preços das ações deve ser ignorada. É importantíssimo entender sobre a empresa, seus negócios, a qualidade de seus resultados, potencial de crescimento, riscos etc.

2. A importância da margem de segurança: a principal ideia por trás da margem de segurança é que nunca sabemos o valor exato dos ativos (o famoso valor intrínseco). Logo, precisamos de uma folga para incluir erros, novas informações, mudança de expectativas etc.

Quanto piores as expectativas, mais baixos os preços e melhor para o comprador. Isso significa que, normalmente, os melhores investimentos não são encontrados onde todos estão procurando.

Mas a grande sacada desse conceito é o fato de que mais margem de segurança significa maior potencial de retorno e menor risco ao mesmo tempo.

3. O terceiro conceito é que o “senhor mercado" é um maníaco depressivo: os preços se movimentam muito além do razoável.

Alguns mecanismos de “proteção” dos investidores institucionais podem fazer com que quedas sejam amplificadas e, além disso, a emoção dos investidores sempre acaba fazendo com que o nível de pessimismo ou otimismo sempre esteja acima da realidade.

O fato é que diversos fatores influenciam o sobe e desce do mercado, mas não influenciam os resultados das empresas. Por conta disso, a volatilidade é amiga do investidor (e não um risco).

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Posteriormente, Fisher (1958) começou a avaliar aspectos qualitativos, como fornecedores, clientes, ambiente regulatório e a qualidade dos gestores. Enfim, Warren Buffett despontou como principal precursor da linha de Value Investing.

Com Buffett, os value investors aprenderam a focar sua análise na avaliação das vantagens competitivas de cada empresa, simbolizadas pela figura dos fossos de um castelo que funcionam como barreiras à entrada e reforçam a longevidade da fortaleza.

Growth Investing

Muitas vezes as pessoas buscam uma definição simplificada demais, como: (i) o value investing é para quem é avesso ao risco e o growth é para aqueles que gostam de correr riscos ou (ii) os value investors compram ações baratas e os growth investors compram ações caras sem se preocupar com o valor. Se assim fosse, a filosofia de investimento em crescimento seria antagônica à do investimento em valor.

Mas essas definições não representam a realidade. Ambas as filosofias são baseadas nos fundamentos das empresas, e suas estratégias têm como objetivo investir em ativos negociando abaixo do seu real valor.

O valor de uma empresa vem de duas fontes: dos ativos/vantagens competitivas que a empresa conquistou ao longo dos anos e das oportunidades futuras de crescimento.

O investidor de valor não gosta de pagar grandes prêmios pelas oportunidades de investimentos, assim como procura empresas que já se provaram com rentabilidade sustentável, mas que por algum motivo estão negociando a preços atrativos.

Já o growth investor busca valor exatamente nas oportunidades de crescimento futuras das empresas e se preocupa em pagar um preço razoável por isso. Peter Lynch, o principal expoente da filosofia, define sua estratégia como GARP (growth at a reasonable price).

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O growth investor busca principalmente por empresas capazes de apresentar grandes multiplicações nos seus resultados ao longo dos anos, afinal, no longo prazo, as ações acompanham os lucros das empresas.

Como na maioria dos casos, os resultados atuais da empresa podem ainda ser apenas uma fração do potencial de lucros no futuro, os múltiplos (a principal forma de avaliar o preço das ações) podem parecer elevados quando o potencial de crescimento não é levado em consideração.

A estratégia pode ser considerada mais arriscada porque, na maioria dos casos, os preços atuais já embutem uma expectativa de sucesso na estratégia de crescimento da empresa, que caso seja frustrada pode levar a maiores prejuízos.

Entretanto, o risco maior é compensado por um potencial de valorização muito maior, as ações vencedoras no longo prazo podem apresentar multiplicações de capital em ordens de grandeza muito maiores (como aquelas observadas recentemente nas ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) nos EUA ou da Magazine Luiza (SA:MGLU3) no Brasil).

A importância da filosofia

Uma filosofia de investimentos nada mais é do que uma maneira coerente de enxergar o mercado, uma visão sobre como ele funciona (ou não), principalmente acerca dos erros que são cometidos de maneira recorrente pelos investidores.

Essas premissas sobre os erros no funcionamento dos mercados são muito importantes, pois basicamente todas as estratégias são desenvolvidas com objetivo de aproveitar erros de precificação que são cometidos por alguns ou por todos os investidores.

É importante que você busque conhecer as diferentes filosofias de investimento e adote uma para desenvolver sua estratégia de investimentos no longo prazo.

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Caso contrário, a tendência é que você fique pulando de estratégia para estratégia de acordo com o quão convincente foi a última propaganda que você viu. O risco de cair em furadas ou ser enganado por charlatões é bem alto. Além disso, você vai incorrer em todos os custos de transação por ficar mudando de estratégia – sem colher os potenciais benefícios de nenhuma.

É importante frisar que algumas estratégias podem funcionar para alguns investidores, mas não necessariamente para você. É preciso levar em conta seu patrimônio atual e seus objetivos, seu horizonte de investimentos, sua tolerância e apetite ao risco, além de outros traços da sua personalidade e características pessoais, que podem influenciar a sua tomada de decisão em relação aos seus investimentos, como paciência e disponibilidade/interesse em estudar/acompanhar o mercado, por exemplo.

O ponto é que, se você possui uma definição clara sobre a filosofia de investimentos que vai adotar, você terá um controle muito maior sobre o seu destino. Você será capaz não só de rejeitar aquilo que não está de acordo com a sua visão, mas também de ajustar adequadamente sua estratégia às suas necessidades.

Abraço

Últimos comentários

um bom tema p principianteValeu!!!
Texto muito bem elaborado.
Excelente texto!
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