Açúcar: Ainda em queda, Indicador volta ao patamar de out/22

Publicado 17.06.2025, 09:13

Os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot do estado de São Paulo seguem em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo da semana passada, a pressão veio sobretudo da desvalorização externa. No geral, no spot doméstico, a oferta do cristal de melhor qualidade, o tipo Icumsa 150, segue restrita, e chuvas no início de junho, inclusive, dificultaram a produção. Porém, nem mesmo esse cenário tem dado sustentação aos preços internos do adoçante. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, voltou a operar na casa dos R$ 120/saca de 50 kg, patamar que não era verificado desde outubro de 2022.

ETANOL: Movimento de baixa no preço do hidratado perde a força

O preço do etanol hidratado seguiu em queda no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada – trata-se do quinto período consecutivo de baixa. Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu a força. Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos. Além disso, chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot. A recente valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista. De 9 a 13 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5404/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 2,9021/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), redução de 1,45% no mesmo comparativo.

TRIGO: Avanço da semeadura e fraca demanda pressionam valores

Os preços do trigo seguem enfraquecidos no mercado doméstico. Pesquisadores do Cepea indicam que a pressão vem das desvalorizações externa e cambial, do avanço da semeadura no Brasil e da fraca demanda doméstica. Muitos agentes de moageiras demonstram estar abastecidos, enquanto outros trabalham com o trigo importado. Triticultores, por sua vez, estão focados nas atividades de campo. Diante disso, pesquisadores do Cepea relatam que a liquidez é baixa no mercado interno. No campo, a Conab aponta que, até dia 7 de junho, 42% da área destinada ao trigo havia sido semeada no Brasil. E, em relatório divulgado neste mês, a Conab estima a área de trigo em 2,67 milhões de hectares, 1% abaixo do indicado em maio e 12,6% inferior à da safra de 2024. A produção é prevista em 8,192 milhões de toneladas, queda de 0,8% frente ao relatório anterior, mas alta de 3,8% sobre o volume da safra passada. A produtividade está estimada em 3,06 t/ha, aumento de 0,3% frente ao relatório anterior e 18,9% acima da temporada anterior.

MAMÃO: Baixa oferta impulsiona preços no ES

As cotações do mamão havaí avançaram significativamente nas principais regiões produtoras ao longo da semana passada. De acordo com pesquisadores do Cepea, mamocultores relataram que chuvas acima do esperado em semanas anteriores continuam prejudicando a qualidade atual dos mamões, tendo em vista a persistência de incidências de doenças fúngicas. Diante disso, a oferta de frutas de boa qualidade está reduzida. As chuvas e as temperaturas mais baixas também limitaram o desenvolvimento dos frutos, resultando em menor oferta nas lavouras. Na semana passada, os preços de comercialização foram de R$ 3,17/kg para o havaí 12-18 do norte do Espírito Santo, sendo 258% superiores aos do período anterior. No atacado paulista, o mamão do tipo 15-18 foi negociado à média de R$ 62,00/cx de 8 kg, avanço de 35%. Para as próximas semanas, a tendência é de menor demanda pela fruta, em decorrência do feriado desta quinta-feira, 16 (Corpus Christi), o que pode voltar a pressionar as cotações na roça, apesar das perspectivas de menor oferta. 

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