Receita dispensa bancos de recolherem IOF retroativo, mas indica que poderá cobrar contribuintes
Os preços do açúcar cristal branco registraram queda por mais uma semana, apesar do atual período de entressafra 2022/23. De 9 a 13 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 134,38/saca de 50 kg, baixa de 0,96% em relação à da semana anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior parte dos compradores está abastecida e também conta com o recebimento do açúcar contratado anteriormente. Nos últimos dias, a liquidez captada pelo Cepea até aumentou, devido a negociações pontuais que envolveram maiores quantidades.
ETANOL: INDICADORES SEGUEM EM QUEDA
Os preços dos etanóis anidro e hidratado recuaram de forma significativa na semana passada no estado de São Paulo, de acordo com dados do Cepea. Entre 9 e 13 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado no estado paulista fechou a R$ 2,5896/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), forte queda de 7,82% frente ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,0829/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), baixa de 4,51%. Segundo pesquisadores do Cepea, a perda de competitividade do etanol frente à gasolina na ponta varejista segue gerando pouco interesse de compradores em adquirirem novos volumes do biocombustível no mercado spot. Além disso, a expectativa de que os impostos federais sobre o combustível voltassem a ser considerados no começo de janeiro (o que não ocorreu) fez com que algumas distribuidoras intensificassem as compras no final de dezembro. Assim, o mercado segue com estoques do produto que foi adquirido a valores mais altos. Algumas usinas, por outro lado, ficaram firmes nos preços ofertados ou estiveram fora do mercado, na expectativa de uma possível volta da cobrança dos impostos federais.
TRIGO: ESTIMATIVA APONTA PRODUÇÃO 2022/23 RECORDE NO BR
As projeções sobre a produção de trigo, tanto internacional quanto no Brasil, foram novamente elevadas em relatórios divulgados pela Conab e pelo USDA na última semana, devendo ser recordes. Apesar de a colheita já ter sido finalizada, a Conab aumentou a estimativa da safra de 2022 no Brasil para 9,76 milhões de toneladas, alta de 27,2% frente à temporada de 2021, um recorde nacional. Quanto à safra mundial, o USDA elevou a produção mundial e os estoques finais da safra 2022/23 na comparação entre os relatórios de janeiro e de dezembro. Segundo dados do USDA, a produção mundial está estimada em 781,31 milhões de toneladas, um recorde, 0,1% maior que os dados indicados em dezembro/22 e, ainda, 0,3% acima dos da temporada passada.
MELÃO: EXPORTAÇÕES DA PARCIAL DA SAFRA 2022/23 ESTÃO LIMITADAS
As exportações brasileiras de melão da safra 2022/23 estão menores do que o esperado entre agosto e dezembro/22. Isso porque os embarques começaram fracos e não se recuperaram nos últimos meses do ano. Conforme dados da Secex, o volume exportado na parcial da campanha foi de apenas 127 mil toneladas, queda de 25% frente ao mesmo período na temporada 2021/22. A receita foi de US$ 99 milhões (FOB), recuo de 11%. De acordo com os colaboradores do Hortifruti/Cepea, o ocorrido se deve à redução na área de cultivo nacional, relacionada aos seguintes fatores: chuva mais frequente, crise da Europa (principal destino brasileiro), altos preços do frete marítimo, falta de contêineres e diminuição na qualidade do serviço.